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Taxas futuras de juros recuam após dados de inflação de Brasil e EUA

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,805%, ante 10,957%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,125%

por Reuters
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Inflação

As taxas dos contratos futuros de juros do Brasil recuaram acentuadamente nesta sexta-feira, com o mercado reagindo positivamente a dados de inflação dos Estados Unidos e do Brasil.

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No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,195%, ante 10,33% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,435%, ante 10,616% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,805%, ante 10,957%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,125%, ante 11,249%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 11,345%, ante 11,447%.

Esse movimento ficou em linha com a baixa dos rendimentos dos Treasuries, com a taxa do título norte-americano de dez anos referência global para decisões de investimento caindo 4 pontos base, a 4,671%.

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O movimento veio após dados do Departamento de Comércio dos EUA mostraram nesta sexta-feira que o índice de preços PCE, favorito do Fed para monitorar a inflação, subiu 0,3% no mês passado, exatamente como esperado pelo mercado.

Os dados de fevereiro não foram revisados e mostram um aumento de 0,3% do PCE. Nos 12 meses até março, a inflação aumentou 2,7%, depois de avançar 2,5% em fevereiro.

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Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 2,6% na base anual.

Na véspera, dados mais fortes do que o esperado da inflação medida pelo PCE no primeiro trimestre haviam levado participantes do mercado a adiar as apostas sobre o momento do primeiro afrouxamento do Fed para novembro ou até dezembro.

Agora, no entanto, operadores de futuros atrelados ao juro básico do Fed estão precificando novamente uma primeira redução em setembro, segundo dados do LSEG, o que reduzia a demanda por ativos norte-americanos.

(Imagem: Reprodução/X´s/@federalreserve)
(Imagem: Reprodução/X´s/@federalreserve)

No Brasil, contribuindo ainda mais para o bom humor dos investidores, dados de mais cedo mostraram que o IPCA-15 subiu menos do que o esperado em abril, com uma queda nos custos de transportes compensando o peso dos preços de alimentos, levando a taxa em 12 meses a ficar abaixo de 4%. No mês, houve alta de 0,21%, contra expectativas de elevação de 0,29%.

“O resultado de hoje parece ter sido bom/favorável, com os serviços subjacentes registrando uma leitura abaixo da mediana histórica e recuando ligeiramente em relação ao IPCA-15 de março”, disse Rafael Costa, analista e integrante do time de estratégia macro da BGC Liquidez.

“Temos apenas que tomar cuidado para não extrapolar o otimismo que pode ser gerado devido à boa leitura.”

Na esteira dos dados do IPCA-15, cresceram para cerca de 20% as chances de o Banco Central manter o ritmo de afrouxamento monetário de 0,50 ponto percentual em seu encontro de maio, segundo probabilidades implícitas em contratos futuros de juros.

No entanto, os 80% restantes seguem vendo uma desaceleração para redução de 0,25 ponto como mais provável.

Esse cenário ganhou forças depois que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse recentemente que as incertezas globais e domésticas impedem a autarquia de oferecer uma orientação sobre seus próximos passos, abrindo as portas para que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza o ritmo de cortes na Selic.

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