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E se a Inteligência Artificial controlasse as armas nucleares?

O Ministério da Defesa da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário

por Reuters
3 min leitura
Bandeiras de China e EUA em Pequim (Imagem: REUTERS/Thomas Peter)

Uma autoridade sênior dos Estados Unidos pediu a China e Rússia nesta quinta-feira que sigam as declarações dos EUA e de outros países de que somente os seres humanos, e nunca a inteligência artificial, tomariam decisões sobre o uso de armas nucleares.

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Paul Dean, autoridade de controle de armas do Departamento de Estado, disse em um briefing online que Washington havia assumido um “compromisso claro e forte” de que os seres humanos tinham controle total sobre as armas nucleares, acrescentando que a França e o Reino Unido haviam feito o mesmo.

“Gostaríamos de receber uma declaração semelhante da China e da Federação Russa”, afirmou Dean, vice-secretário adjunto principal do Bureau de Controle de Armas, Dissuasão e Estabilidade.

“Acreditamos que essa é uma norma extremamente importante de comportamento responsável e que seria muito bem-vinda em um contexto do P5”, disse ele, referindo-se aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As falas de Dean ocorrem no momento em que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, tenta aprofundar discussões separadas com a China sobre a política de armas nucleares e o crescimento da inteligência artificial.

O Ministério da Defesa da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Antony Blinken e Xi Jinping em Pequim
Antony Blinken e Xi Jinping em Pequim (Imagem: Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS)

A disseminação da tecnologia de inteligência artificial veio à tona durante as amplas conversas entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em Pequim, em 26 de abril.

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Os dois lados concordaram em realizar suas primeiras conversas bilaterais sobre inteligência artificial nas próximas semanas, disse Blinken, acrescentando que eles compartilhariam opiniões sobre a melhor forma de gerenciar os riscos e a segurança em torno da tecnologia.

Como parte da normalização das comunicações militares, as autoridades norte-americanas e chinesas retomaram as discussões sobre armas nucleares em janeiro, mas as negociações formais de controle de armas não são esperadas tão cedo.

A China, que está expandindo suas capacidades de armas nucleares, pediu em fevereiro que as maiores potências nucleares negociassem primeiro entre si um tratado de não utilização.

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