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Ex-assessora de Trump diz em depoimento que gravação do “Access Hollywood” agitou campanha

Hicks afirmou em depoimento que houve um claro consenso de que a gravação dos comentários de Trump no programa de televisão “Access Hollywood” eram danosos e que a divulgação seria uma crise.

por Reuters
3 min leitura
Donald Trump e Hope Hicks

Hope Hicks, uma importante ex-assessora de Donald Trump, disse em depoimento nesta sexta-feira que os funcionários da sua campanha presidencial de 2016 ficaram alarmados quando descobriram que uma gravação na qual ele fez comentários obscenos sobre mulheres estava prestes a chegar ao público.

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Hicks afirmou em depoimento que houve um claro consenso de que a gravação dos comentários de Trump no programa de televisão “Access Hollywood” eram danosos e que a divulgação seria uma crise.

“Todo mundo estava meio que apenas absorvendo o choque”, disse. Ela afirmou que Trump ficou nervoso, mas também minimizou os comentários. “O senhor Trump sentiu que não era algo bom, mas que também que eram apenas dois caras conversando, papo de vestiário”, disse, em depoimento.

O depoimento de Hicks deu aos jurados uma visão interna das tentativas de controle de danos nos últimos dias da eleição de 2016, quando Trump enfrentou críticas generalizadas de colegas republicanos enquanto encarava várias acusações de comportamento sexual pouco lisonjeiro.

Trump se declarou inocente das acusações de ter falsificado registros comerciais para acobertar um pagamento de 130.000 dólares à estrela pornô Stormy Daniels, que ameaçava levar a público naquela época a história do encontro sexual entre eles em 2006, uma suposta relação que ele nega ter acontecido.

Trump sentou impassível à mesa dos réus durante o depoimento.

Hicks é a primeira pessoa que trabalhou diretamente com Trump a prestar depoimento no julgamento que já dura 11 dias.

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Hicks começou a trabalhar com Trump, então um empresário de Nova York, em 2014. Foi porta-voz durante a sua primeira campanha para presidente e depois diretora de comunicações da Casa Branca.

Ela disse aos jurados que ficou surpresa pela entrada de Trump na política. “Um dia, ele disse: ‘nós vamos para Iowa’, e eu não sabia exatamente por quê”, disse, em depoimento.

Ela afirmou que achava que Trump estava brincando quando lhe pediu para ser a secretária de imprensa da campanha. “Eu não tinha certeza se eu deveria levar a sério”, afirmou.

O ex-publisher do tabloide National Enquirer, David Pecker, prestou depoimento no julgamento que Hicks estava em uma reunião de 2015 na qual Pecker prometeu servir como “os olhos e os ouvidos” da campanha de Trump e ajudar a reprimir reportagens negativas que poderiam ameaçar suas perspectivas presidenciais.

Hicks afirmou em depoimento que ouviu Trump elogiar Pecker várias vezes pela cobertura negativa do National Enquirer de seus adversários pela nomeação do Partido Republicano à eleição presidencial.

Os 12 jurados e os seis suplentes ainda não ouviram os principais atores no caso, incluindo Daniels e o antigo advogado de Trump Michael Cohen, que organizou o pagamento.

Para além de Pecker, ouviram o ex-advogado de Daniels, Keith Davidson, que testemunhou ter combinado o pagamento com Cohen. Ao ser interrogado pela equipa de defesa de Trump, este reconheceu ter feito acordos semelhantes com celebridades ao trocar informações embaraçosas por dinheiro.

A defesa alega que o pagamento foi feito para evitar um embaraço à família Trump, não para proteger sua campanha presidencial.

Trump afirma que o caso é uma tentativa dos democratas de prejudicar suas chances de derrotar o presidente democrata Joe Biden na eleição presidencial de 5 de novembro.

O caso inclui alegações sórdidas de adultério e subornos, mas é amplamente considerado como menos grave do que os outros três processos criminais que Trump enfrenta. Os outros acusam-no de tentar reverter sua derrota presidencial em 2020 e de ter manipulado incorretamente documentos confidenciais depois de deixar o cargo. Trump declarou-se inocente de todas essas acusações.

Ainda assim, um veredicto de culpado poderia prejudicar a candidatura presidencial de Trump, segundo pesquisas Reuters/Ipsos.

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