O grupo militante palestino Hamas concordou nesta segunda-feira com uma proposta de cessar-fogo na guerra de sete meses contra Israel em Gaza, horas depois que os militares israelenses disseram aos moradores para deixarem algumas partes de Rafah, que tem abrigado mais de um milhão de pessoas deslocadas.
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, informou aos mediadores do Catar e do Egito que o grupo aceitou a proposta de cessar-fogo, de acordo com uma breve declaração do Hamas, que não deu detalhes sobre o acordo.
Não houve nenhum comentário imediato de Israel.
O acordo, se entrar em vigor, será a primeira trégua desde a pausa de uma semana nos combates em novembro, e segue meses de tentativas fracassadas de interromper os combates para libertar reféns e permitir a entrada de mais ajuda em Gaza.
Havia preocupações de que as negociações de cessar-fogo que estavam sendo realizadas no Cairo tivessem sido paralisadas depois que Izzat al-Rashiq, autoridade do Hamas, alertou que qualquer operação israelense em Rafah colocaria as negociações de trégua em risco.
A cidade, na extremidade sul da Faixa de Gaza, tem sido o último refúgio para cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, empurrados para o sul pelo ataque israelense que já dura sete meses.