A Embraer (EMBR3), cujo portfólio comercial inclui jatos regionais e pequenos aviões de fuselagem estreita, reiterou nesta terça-feira que não tem planos no momento de desenvolver um avião maior de corredor único para rivalizar com as famílias mais vendidas de aeronaves Boeing 737 e Airbus A320.
No início deste mês, o Wall Street Journal publicou que a Embraer estava explorando opções para um jato de fuselagem estreita para ampliar a atuação da companhia no mercado de aviação. Atualmente a companhia brasileira compete com a família de aviões E2, de 90 a 120 passageiros, abaixo do mercado de aeronaves para mais de 150 assentos dividido por Boeing e Airbus.
A Embraer afirmou na semana passada que não tinha planos para um ciclo considerável de investimentos no momento.
O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que embora compreenda perfeitamente a excitação gerada pelo que apelidou de “especulação midiática”, a empresa está focada em vender e entregar o seu atual portfólio de produtos.
“Estamos agora na época da colheita”, disse ele. “Não temos planos concretos para desenvolver ou lançar uma aeronave de fuselagem estreita ou outra aeronave nos próximos anos.”
Fontes da indústria dizem que a Embraer está tentando caminhar na linha tênue entre falar sobre sua relevância como fabricante de aviões independente sem assustar os investidores com o custo de um ataque ao mercado de grandes jatos, uma estratégia que resultou na saída do mercado da concorrente canadense Bombardier.
Qualquer desenvolvimento futuro de aviões provavelmente dependerá de um parceiro com recursos financeiros.
“Eles estão buscando o reconhecimento da marca e estimulando-a para ver o que surge em seu caminho”, disse uma fonte sênior do setor.