Um levantamento semestral da Standard & Poor’s revela que aproximadamente 90% dos fundos de renda variável no Brasil não superaram o seu índice de referência (benchmark) em 2023, em um horizonte de 10 anos.
Segundo o Scorecard SPIVA da América Latina, os gestores ativos de todas as categorias, com exceção dos large cap do Brasil, tiveram um desempenho mais fraco no período mais longo.
“Os gestores de renda variável no Chile e de títulos de dívida corporativa no Brasil tiveram um desempenho melhor do que a maioria, e menos da metade dos fundos perdeu para os seus benchmarks. Em todas as outras categorias, a maioria dos fundos ativos teve um desempenho inferior aos índices em 2023 e em períodos mais longos”, apontam Joseph Nelesen, Anu R. Ganti e Davide Di Gioia, analistas da S&P Dow Jones Indices.
As taxas de desempenho inferior neste período foram de 91,6%, 81,2% e 90,2% nas categorias de renda variável, large-cap e fundos mid/small cap do Brasil, respectivamente.
Em 2023, 61,3% dos ativos mid/small cap brasileiros perderam para o seu benchmark, enquanto uma maioria ainda mais ampla dos fundos ativos de renda variável perdeu para o mercado em outras categorias.
Foram observadas taxas de desempenho inferior de 88% entre large cap e de 82,1% entre fundos de renda variável do Brasil.
Veja o relatório sobre os fundos