O Banco do Brasil (BBAS3) tem observado um agravamento no risco da carteira de crédito nos segmento de pequenas e médias empresas, mas também de grandes companhias, afirmou nesta quinta-feira o vice-presidente de gestão financeira do banco, Geovanne Tobias, ressaltando que a situação está sob controle.
“O volume de provisão que nós temos para cobrir o risco dessa carteira é bastante expressivo”, afirmou o executivo, em entrevista a jornalistas.
O BB divulgou na noite da véspera lucro líquido ajustado recorde para o primeiro trimestre, de 9,3 bilhões de reais.
A carteira de crédito pessoa jurídica cresceu 8,5% ano a ano, a 393,5 bilhões de reais, com as grandes empresas respondendo por 212,2 bilhões e as MPMEs, 119 bilhões. A inadimplência de mais de 90 dias ficou em 3,19%, de 2,13% um ano antes, mas um pouco menor do que no quarto trimestre (3,37%). O índice de cobertura da carteira somou no final de maro 231,7%.
O vice-presidente de negócios de atacado do BB, Francisco Lassalvia, reforçou que o banco tem uma carteira de atacado “extremamente resiliente”, citando índices de provisão já feitos, aderentes ou superiores às condições regulamentais exigidas.
“Nós não temos nenhuma surpresa em balanços já divulgados, ou por vir, com relação a casos que já são de conhecimento público”, acrescentou.