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Laranja: safra de SP e MG será a menor em 10 anos

Efeitos climáticos afetaram "fortemente a citricultura", além do impacto da doença greening nas laranjas do Estado de São Paulo

por Reuters
3 min leitura
Caminhão sendo carregado com laranjas em Limeira - SP

A nova safra de laranja do cinturão produtor de São Paulo e Minas Gerais foi estimada nesta sexta-feira em 232,38 milhões de caixa de 40,8 kg, queda de 24,36% na comparação com o ciclo anterior, conforme a primeira estimativa do Fundecitrus para a temporada 2024/25.

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“O número nos surpreendeu, em dez safras, é a menor safra que estamos tendo”, disse o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, durante apresentação.

Ele citou efeitos climáticos, que afetaram “fortemente a citricultura”, além do impacto da doença greening no Estado de São Paulo, maior produtor da fruta do país.

A região citrícola de São Paulo e Minas Gerais responde pela maior parte da oferta da fruta para a indústria do Brasil, que é o maior produtor e exportador global de suco de laranja.

Doença greening

Segundo a Fundecitrus, o greening (Huanglongbing/HLB) é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil. Não há variedade comercial de copa ou porta-enxerto resistente à doença e as plantas contaminadas não podem ser curadas.

As bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus são as responsáveis por causar a doença.

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Preservação ambiental

A Fundecitrus também divulgou hoje um levantamento dos estoques nas áreas de preservação ambiental das fazendas, que utilizou dados do Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As 36 milhões de toneladas de carbono estocadas no solo, nas áreas de produção e de preservação do cinturão citrícola equivalem a 133 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2).

“Quando falamos em mudanças climáticas, pensamos muito no CO2, um dos principais causadores do efeito estufa. Ele se transforma em carbono quando é absorvido pelas plantas e é incorporado no solo e na biomassa. Essa é uma forma de os produtores de citros contribuírem para a mitigação das mudanças climáticas. O nosso trabalho consistiu em medir como se dá essa contribuição para os estoques de carbono”, explica o pesquisador Lauro Nogueira Júnior, da Embrapa Territorial, líder do projeto.

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