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Viveo: Santander dá alerta sobre alavancagem e ações caem 10%

A empresa sofreu com deflação médica, mudanças fiscais regulatórias, problemas operacionais em centros de distribuição e pressões de margem

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Viveo

O Santander rebaixou a recomendação para as ações da Viveo (VVEO3) a “manutenção” devido ao alto endividamento e ao fraco desempenho no primeiro trimestre de 2024, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (13).

Os analistas Caio Moscardini, Karoline Correia e Guilherme Gripp atualizaram o modelo de avaliação da empresa, reduzindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 4 por ação.

Os analistas destacaram que os fracos resultados trimestrais e as novas estimativas macroeconômicas levaram a uma revisão das projeções de receita e margem da Viveo.

“Diminuímos nossas receitas em 9%, em média, ao longo dos anos de projeção, principalmente porque a Viveo está sendo mais rigorosa com o retorno dos produtos vendidos,” afirmaram.

“Tivemos o trimestre mais desafiador da nossa história, com resultados muito abaixo do planejado e impactos já mapeados no primeiro trimestre sobre os quais estamos atuando”, reconheceu Leonardo Byrro, CEO da Viveo, em seu release de resultados.

Alavancagem

A empresa enfrentou diversas dificuldades recentemente, incluindo deflação médica, mudanças fiscais regulatórias, problemas operacionais em centros de distribuição e pressões de margem. Esses fatores resultaram em um aumento significativo da alavancagem financeira.

“A dívida líquida/Ebitda (ex-IFRS e incluindo contas a pagar de Fusões e Aquisições) atingiu 4,3x até o final de março, e acreditamos que talvez não tenhamos atingido o pico ainda,” destacaram os analistas.

Segundo o Santander, apesar da alta alavancagem, a Viveo continua cumprindo seus covenants financeiros, com a expectativa de que a relação dívida líquida/Ebitda se mantenha em 3,5x em junho e dezembro de 2024.

A Viveo pontua que a alavancagem tem se mantido abaixo do limite de 3,5 vezes estabelecido nos instrumentos de dívida (covenants), que não considera dívida com Fusões e Aquisições e nem leasing.

Fonte: Viveo

No entanto, os riscos associados ao pagamento de DIFAL (alteração tributária) também foram mencionados como uma preocupação adicional.

“Neste momento, estamos reduzindo nosso valor patrimonial em R$ 150 milhões, que é a estimativa da empresa de um potencial pagamento,” observaram Moscardini, Correia e Gripp.

Veja o resultado da Viveo

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