A International Meal Company (IMC) reportou nesta quarta-feira prejuízo líquido de 27,9 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 51,3% em relação ao resultado negativo do mesmo período de 2023.
A receita líquida da companhia cresceu apenas 2,5% ano a ano, para 506,7 milhões de reais, pressionada pelo resultado das operações nos Estados Unidos, onde encolheu 6,5%, contra expansão de 6,6% no Brasil.
As vendas mesmas lojas da dona da rede Frango Assado e operadora das redes de fastfood KFC e Pizza Hut no Brasil e Margaritaville nos EUA aumentaram apenas 2,1%, excluindo os postos de combustíveis. A margem bruta ficou estável em 28,6%.
De acordo com o presidente-executivo da IMC, Alexandre Santoro, o primeiro trimestre tende a ser o menos relevante para a operação, mas ainda assim o resultado ficou aquém do esperado, afetado principalmente pela operação nos EUA.
O clima mais frio no mês de janeiro, período de inverno no hemisfério norte, resultou no fechamento temporário de restaurantes e na redução do fluxo de clientes nas lojas.
A IMC também observou, ao final de 2023, uma concentração atípica de aberturas de novos restaurantes nas operações no Brasil, o que acabou impactando a performance destas lojas recém-inauguradas.
“Não foi o que tínhamos planejado, mas a história não muda para o ano”, afirmou o CEO à Reuters, ressaltando que, após três anos de reorganização, a IMC entra em 2024 como uma empresa bastante sólida, que pode voltar a acelerar o crescimento.
Ao final de março, a IMC tinha 569 lojas, entre próprias e franquias, localizadas no Brasil e nos EUA, de 576 no final de 2023 e 529 um ano antes.
Santoro destacou que o grupo irá também retomar o crescimento do Frango Assado, afirmando que está em discussões para ter pelo menos mais uma unidade da marca neste ano.
Falando sobre o segundo trimestre, ele adiantou que abril ainda sofreu com um efeito calendário, uma vez que o mesmo mês em 2023 concentrou mais feriados, o que afeta em particular a operação do Frango Assado, mas que nota uma recuperação em maio.
“Abril foi um mês mais difícil, maio então está sendo melhor.”
O executivo não especificou um guidance para o período de abril a junho, principalmente na comparação ano a ano, mas explicou que o desempenho tende a ser melhor do que o primeiro trimestre do ponto de vista de sazonalidade.
No primeiro trimestre, o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado encolheu 7,1% ano a ano, para 37,9 milhões de reais, com a margem nessa métrica passando de 8,2% para 7,5%.
A empresa teve um consumo de caixa livre de 42 milhões de reais no período, ante fluxo positivo de 19,1 milhões de reais um ano antes. A alavancagem medida pela dívida líquida sobre Ebitda ficou em 2,1 vezes, de 1,8 vez um ano antes.