Finclass Vitalício Topo Desktop
Home Finanças PessoaisCarreira Autopromoção: vender bem a si mesmo não é sinônimo de ser metido (entenda essa diferença)

Autopromoção: vender bem a si mesmo não é sinônimo de ser metido (entenda essa diferença)

por Conrado Navarro
3 min leitura
Autopromoção: vender bem a si mesmo não é sinônimo de ser metido (entenda essa diferença)

Tereza comenta: “Navarro, esses dias ouvi de um ex-chefe que uma das razões para meu crescimento financeiro ter estagnado é que eu não gosto de me vender e mostrar do que sou capaz. Eu espero muito reconhecimento das pessoas, mas não procuro mostrar a elas os meus talentos porque fico com medo de parecer ‘metida’. Com isso, meus ganhos estão estagnados. O que fazer? Obrigada”.

Finclass Vitalício Quadrado

Com certeza você já se deparou com aquele tipo de pessoa que gosta de aproveitar cada oportunidade para mostrar aos outros as suas habilidades, suas conquistas, o tipo de trabalho que desempenha ou o tipo de negócio que possui.

Em tom de voz normalmente carregado de emoção e empolgação, esta pessoa discorre sobre estes assuntos com tanta propriedade que naturalmente se torna o centro das atenções. Sua história e a maneira como ela aborda a própria história são capazes de inspirar, mas também costumam incomodar.

Você é assim ou se incomoda com quem é assim?

Autopromoção e vendas

Preciso dizer algo de forma bastante direta:  não valorizar a importância da autopromoção é uma enorme barreira para o sucesso.

Autopromoção tem relação direta com vendas, e vender é fundamental para quem deseja ter sucesso, principalmente financeiro. Se você é dono do seu negócio, como é que vai prosperar se não vender? E como é que você vai vender se não promover seus produtos, serviços, conhecimentos e, principalmente, os benefícios que o seu negócio gera para as pessoas e empresas?

Finclass Vitalício Quadrado

O conceito da autopromoção está implícito nas mais variadas esferas da vida e costuma ser confundido com ostentação e atitude de “gente metida”. São coisas diferentes. A autopromoção é uma ferramenta de vendas, enquanto ostentação e ser metido são reflexos de falta de valores e desvios de caráter (tem gente que se perde na correria do dia a dia também e não tem tempo para aprender a se vender).

Sabe aquele sujeito que gosta de mostrar suas habilidades e talentos nas reuniões de equipe da empresa? Esta pessoa não é “metida”. Ao contrário, ela compreende que para crescer na hierarquia e alcançar seus objetivos de carreira, ela precisa “vender” suas competências para seus superiores. Pense também nas crianças e em como elas são mestres na arte de chamar nossa atenção. Trata-se de uma questão de sobrevivência.

Até na vida amorosa isso faz sentido. Observe aquele sujeito elegante ou aquela mulher atraente. Eles constroem cuidadosamente a imagem que desejam transmitir para as pessoas que querem conquistar. Atenção para não confundir as coisas: chamar a atenção para os seus bons atributos não é o mesmo que querer se mostrar; é apenas uma maneira de garantir que você será visto e causará impacto positivo, o que o colocará mais perto de seu objetivo (pois é, autopromoção visa algo, enquanto “ser metido” não).

“Eu não gosto disso, Navarro”

As pessoas em geral costumam ver a autopromoção com maus olhos, mas porque a confundem com desvios de caráter e decisões que visam apenas a imagem e o status diante dos demais. Se este é o seu caso, quero elencar algumas questões que talvez expliquem isso.

Talvez você tenha vivido experiências de vendas ruins, como aturar alguém que foi muito insistente com você para que comprasse o produto que ela estava oferecendo (isso aborrece a gente). Você mesmo pode ter tentado vender alguma coisa e foi malsucedido nesta empreitada, considerando-se uma pessoa inadequada para as vendas.

Quem sabe seus pais podem tê-lo educado de tal forma a considerar os processos de promoção e vendas algo subversivo e impróprio para pessoas honestas. Por fim, você pode ter observado um excesso de autoestima em algumas pessoas que as tornaram arrogantes; e como você odeia isso, não quer nem saber do assunto.

Se você se encaixa em uma destas opções ou algo que seja similar, peço que você repense seus conceitos, entenda que é possível (e desejável) que você reveja suas conclusões e adote a autopromoção em doses inteligentes para cativar o mundo com seus talentos.

A autopromoção é um traço comum das pessoas ricas

Observe como as pessoas ricas lidam com este tema. Normalmente, elas são excelentes auto promotoras, vendedoras e estão sempre dispostas e animadas a divulgarem seus negócios e suas habilidades. O artigo Quer ser rico? Então aprenda a vender! explica em detalhes como as vendas podem impulsionar nosso sonho de riqueza.

As pessoas ricas sabem da importância deste posicionamento para o bom andamento de seus empreendimentos e também tem o cuidado de se colocarem em uma “embalagem atraente”, cuidando de sua aparência e de suas expressões verbais e corporais.

Isso também tem a ver com liderança, pois um líder precisa de seguidores e colaboradores – para isso ele terá que mostrar que é merecedor de confiança. Precisará convencer, motivar, inspirar, apoiar, servir, ensinar e nada disso será possível se este líder não estiver disposto a promover a sua capacidade de realização.

Conclusão

A questão importante aqui não é se você gosta ou não gosta da autopromoção, mas sim os motivos que o levam a adotar um posicionamento contra ou a favor dela. As pessoas que agem com receio em relação à sua autopromoção normalmente não acreditam de forma plena nas suas capacidades ou nos produtos e serviços com os quais trabalham e também costumam não ter hábitos saudáveis (clique aqui para ler mais sobre isso).

Portanto, você precisa acreditar que aquilo que você tem a oferecer é algo realmente útil para as pessoas ou empresas, e que você é capaz de gerar uma transformação positiva para elas. Autopromoção é reconhecer o próprio potencial e não ter vergonha de colocá-lo à disposição da sociedade – desta forma você aumentará suas chances de sucesso e, consequentemente, de geração de riquezas.

Leia livros e invista em treinamentos de marketing e vendas. Isso ajudará você a enxergar ferramentas de vendas como passos importantes para conquistar seus objetivos (inclusive financeiros). Caso você ainda se sinta inseguro em relação ao conhecimento relacionado ao produto ou serviço com o qual trabalha, estude mais e procure se tornar uma referência no assunto – e promova essa jornada.

A autopromoção é uma forma íntima de reconhecer e comemorar o quanto somos capazes de realizar, mas também uma maneira de inspirar outras pessoas e fazer bons negócios. Quem sabe se promover de forma inteligente, alcança resultados melhores. Claro, tome cuidado para não se tornar alguém chato ou que possa ser visto como “metido”. Só não confunda estas coisas. Até a próxima!

Foto “Holding earth”, Shutterstock.

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.