A inteligência artificial se tornou uma ferramenta importante na indústria de videogames, mas a criatividade humana continua sendo crucial para o desenvolvimento de jogos, disse o presidente-executivo da Embracer, proprietária da franquia Tomb Raider, à Reuters, nesta quinta-feira.
A Embracer está no meio de uma mudança de estratégia à medida que se adapta a um cenário global de videogames em rápida evolução e está se preparando para dividir seus negócios em três empresas listadas até 2025.
“A IA é importante e, de certa forma, está afetando o mundo inteiro, mas não vejo como um drama da noite para o dia”, disse Lars Wingefors, que também é cofundador e o maior acionista do grupo sueco.
“Olhando para os games, acho que a IA é obviamente uma ferramenta importante a ser desenvolvida. Mas, no final, também acredito no produto criado por humanos”, disse Wingefors.
O executivo disse que continua confiante na capacidade de sua equipe de atrair talentos, destacando a divisão Middle-earth da Embracer como uma das que podem criar um ambiente para isso.
“As pessoas adoram trabalhar com IPs (propriedade intelectual) empolgantes e talentos de classe mundial”, disse ele.
A divisão tripartite planejada pela Embracer seria realizada por meio da listagem da Asmodee, que recentemente obteve um empréstimo de 900 milhões de euros para ajudar a refinanciar a dívida da empresa, e da Coffee Stain & Friends.
O atual grupo listado manteria a franquia Tomb Raider e seria renomeado Middle-earth Enterprises & Friends, para se alinhar com seu jogo multijogador online em desenvolvimento baseado na série O Senhor dos Anéis.
Wingefors disse que a Embracer observou uma tendência de retorno dos jogadores às franquias estabelecidas, e, em resposta, está criando mais conteúdo para esses títulos.
“Olhando para os próximos cinco anos, vejo um bom crescimento no mercado de jogos. Estamos ativos em todos os campos e vemos crescimento em todos os segmentos”, acrescentou Wingefors.