O Ibovespa (IBOV) está em um momento crucial que pode definir uma nova tendência de médio prazo, argumenta o time de análise técnica do Itaú BBA em um relatório divulgado a clientes nesta sexta-feira (24).
Os analistas Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta explicam que a região dos 123 mil pontos é importante por ser a região pela qual passa a média móvel de 200 períodos.
Desempenho
Atualmente, o índice se encontra em um patamar próximo aos 125 mil pontos. Ou seja, uma leve queda já seria capaz de levá-lo a ultrapassar esta barreira e as chances de quedas mais acentuadas aumentarão.
“Em dia de agenda de indicadores econômicos esvaziada, os mercados mundiais seguem refletindo o debate sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos”, afirmaram economistas do Bradesco em relatório enviado a clientes
Por volta de 11h35, o Ibovespa tinha acréscimo de 0,28%, a 125.083 pontos, mas caminhava para um desempenho negativo na semana, com declínio superior a 2%.
Dados recentes e declarações cautelosas de autoridades do banco central norte-americano têm adicionado receios de que o Federal Reserve possa postergar ainda mais o primeiro — e amplamente desejado – corte de juros na maior economia do mundo.
Suporte sob risco
“Vemos um cenário bastante desafiador no curto prazo para o mercado e coloca pressão na região de média móvel de 200 períodos”, explicam.
Segundo o relatório, caso isso aconteça, os próximos suportes estão em 120.000, 115.000 e 111.600 pontos – mínima de outubro de 2023.
Do lado da alta, o índice encontrará resistências em 127.700 e 130.000 pontos.
“Importante ressaltar que sob uma visão de médio prazo, enquanto o índice permanecer acima de sua média móvel 200 períodos, o grande alvo a ser perseguido em 2024 continua a ser a região dos 150 mil pontos”, indicam.
Ibovespa: gráfico diário
