A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira, véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, que o aumento da temperatura global tem trazido consequências cada vez mais severas, motivo pelo qual defendeu que cuidar do meio ambiente preserva vidas.
Em pronunciamento em rede nacional, a ministra argumentou que o planeta vem enfrentando graves efeitos da mudança do clima, citando a recente tragédia que devastou o Rio Grande do Sul, com fortes chuvas que deixaram a maior parte do Estado debaixo d’água.
“Proteger o meio ambiente é salvar vidas, é garantir o bem viver para ribeirinhos, pequenos comerciantes, moradores das periferias, comunidades tradicionais e pessoas que vivem em áreas de risco”, disse Marina, no pronunciamento.
“Quando protegemos os rios, as florestas, a nossa rica biodiversidade, estamos, na verdade, protegendo e cuidando das pessoas. Estamos garantindo as condições necessárias à manutenção das atividades econômicas em todos os setores.”
A ministra lamentou o que chamou de negacionismo, referindo-se a pessoas que duvidam da relação entre a atividade humana e a reação da natureza.
Ao lembrar do compromisso assumido pelo Brasil de chegar à marca de desmatamento zero até 2030, Marina sustentou que o tema da mudança do clima é tratado por todos os setores e áreas do governo de forma transversal.
“Estamos concluindo a atualização da Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima e lançaremos um Plano Nacional para o Enfrentamento da Emergência Climática”, disse a ministra, acrescentando que o plano terá como foco municípios e áreas de maior risco.
A ideia é que o plano estruture ações do governo com ações de prevenção e preparação para lidar com eventos climáticos.
“Os próximos anos serão dedicados a ações de proteção e recuperação da biodiversidade, com a criação de novas unidades de conservação, uso sustentável de nossas florestas, recuperação de áreas degradadas e o combate ao desmatamento e incêndios”, prometeu a ministra.
“Será, também, de incentivo ao crescimento da bioeconomia, gerando empregos e renda e prosperidade, respeitando os povos indígenas e as comunidades tradicionais.”