A safra 2024/25 de trigo no Brasil, com plantio em desenvolvimento, foi estimada nesta quinta-feira em 7,79 milhões de toneladas, variação negativa de 3,7% no comparativo com o ciclo anterior, e uma queda de 9% ante a estimativa de maio, de acordo com revisão mensal da consultoria StoneX.
Diante de todos os problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul, a área plantada foi reduzida em mais 200 mil hectares pelo grupo, sendo estimada agora em 900 mil hectares. Na comparação com a temporada anterior, a redução da área plantada gaúcha é de mais de 40%.
Com isso, o Paraná deverá ser o maior Estado produtor de trigo do Brasil, posição ocupada recentemente pelo Rio Grande do Sul.
“As expectativas para o Paraná estão bastante positivas, com uma configuração de La Niña, enquanto os riscos para o Rio Grande do Sul seguem preocupantes, diante do atraso no plantio e da umidade elevada do solo”, disse o consultor em gerenciamento de riscos da StoneX, Jonathan Pinheiro, em nota.
Enquanto a safra paranaense é estimada em 3,6 milhões de toneladas, a do Rio Grande do Sul foi vista em 2,7 milhões de toneladas.
A StoneX afirmou ainda que houve ajuste negativo de área plantada de outros Estados, motivado pela falta de estímulo aos produtores.
“Embora a valorização dos preços colabore para que as reduções sejam menores, eles podem enfrentar uma oferta mais baixa de sementes, dificultando o investimento em uma área maior”, comentou o consultor.
No quadro de oferta e demanda, a produção menor representa uma necessidade maior de importação, com pequena redução de estoque, dependendo do quanto será exportado.
A expectativa é de importação pelo Brasil de 6,7 milhões de toneladas, versus 6,25 milhões na previsão anterior e contra 7 milhões na temporada passada, segundo números da StoneX.
A exportação deverá cair de 2,66 milhões de toneladas na safra passada para 1,46 milhão na nova temporada.