O avanço da tecnologia digital abre portas e impulsiona mudanças significativas, que vêm sendo experimentadas pelo setor financeiro nas últimas décadas. Novos modelos de negócio, produtos e serviços têm sido introduzidos e implementados pela inovação tornando-os mais eficientes, provocando, desta forma, uma remodelação que coloca o universo phygital no mercado brasileiro.
No Brasil, as fintechs ilustram bem um dos principais impactos desse tipo de inovação. Elas utilizam a tecnologia para oferecer vastas opções de serviços, de pagamentos e soluções de investimentos. É assim que essas empresas têm desafiado o status quo, proporcionando uma concorrência saudável enquanto incentivam a busca por eficiência e conveniência.
O Open Finance, outro exemplo, é uma mudança significativa na lógica da interação entre bancos e clientes. Ele promove a interoperabilidade e possibilita uma gama de serviços financeiros personalizados por meio do compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras, o que proporciona ao consumidor uma experiência mais integrada, além de maior controle sobre suas informações.
Esses e outros casos acontecem como resposta à transformação digital, que está impactando todos os setores e precisa ser acompanhada pelo financeiro.
Atendimento personalizado
Prever com precisão os passos seguintes do mercado financeiro é desafiador devido à natureza dinâmica e imprevisível destes mercados. Mas, em 2018, um estudo da consultoria KPMG ouviu 30 líderes globais do setor sobre o futuro dos serviços financeiros com esse intuito.
A avaliação concluiu que seria preciso personalizar o atendimento e reforçar o uso da tecnologia para o mercado financeiro. Ou seja, até 2030, o serviço financeiro seria muito mais conectado e exigiria a interconexão e colaboração entre setores e serviços.
O estudo antecipou que, num momento em que dados e informações seriam moeda de troca, a transformação digital permitiria que os bancos estivessem aptos a propor soluções diferenciadas para cada perfil de cliente. Dada a importância de suas informações para as empresas, as soluções exigiriam benefícios em troca do compartilhamento de dados. Isso gera a necessidade de uma relação de confiança entre o consumidor, a instituição financeira e a oferta de um serviço que atenda às suas expectativas.
Blockchain
Nesse sentido, o blockchain, que funciona por meio de contratos inteligentes, passaria por uma evolução, se tornando uma ferramenta sólida. Estamos em 2024, e é exatamente isso que estamos testemunhando.
Com base nas atuais trajetórias e inovações é possível predizer algumas tendências e cenários potenciais do mercado financeiro até 2030. Isso inclui o avanço da digitalização do setor, e a implementação de moedas digitais emitidas pelos bancos centrais, as CBDCs, que, certamente, podem e vão influenciar a dinâmica das transações financeiras e pagamentos.
Falamos da transformação de instituições tradicionalmente físicas em ambientes, processos, produtos e serviços digitais. Os próprios caixas eletrônicos são um exemplo prático perfeito do conceito físico-digital: são pontos físicos de serviços multifuncionais que permitem a realização de transações digitais, sendo possível até mesmo realizar o saque de Criptomoedas em reais.
Conveniência do phygital
Essa é a integração perfeita entre os dois universos convergindo para um terceiro: o phygital, bem diante dos nossos olhos e servindo conveniência à população. As empresas já entenderam há um tempo a relevância dessa [r]evolução tecnológica para melhorar a experiência do usuário e muitas têm trabalhado nesse aprimoramento, mesmo as mais tradicionais.
É inegável que nós estamos cada dia mais vivendo a integração do físico e do digital em diversas áreas da vida e a financeira é mais uma delas. O phygital é uma realidade sendo construída e nós fazemos parte dessa transformação, que é um novo momento da história.