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Mercado domina a imprensa em plano contra Haddad, avalia Lula

O presidente defendeu categoricamente Haddad, como co-piloto de seu projeto de governo de inverter prioridades e de incluir os pobres no orçamento

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Lula em entrevista coletiva durante visita à Itália
Lula em entrevista coletiva durante visita à Itália
Lula em entrevista coletiva durante visita à Itália (Imagem: Flickr/ Lula)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (15), durante uma entrevista coletiva, que o sistema financeiro influencia diretamente a imprensa brasileira.

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“Eu não sou presidente de um ano e já vivi isso muitas vezes: estamos cada vez mais reféns de um sistema financeiro que praticamente domina a imprensa brasileira”, lamentou.

Lula defendeu categoricamente o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, como o co-piloto de seu projeto de governo de inverter prioridades e de incluir os pobres no orçamento.

Segundo o presidente, a questão do déficit fiscal sempre tem muito mais destaque no noticiário do que os juros de 10,25% ao ano mantido pelo Banco Central, antes uma inflação inferior a 4%.

“Enquanto isso, fazem festa para o presidente do Banco Central em São Paulo. Normalmente, os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros. Então, a questão econômica é coisa séria”, disse durante uma visita oficial à Itália.

Lula fez referência ao jantar promovido pelo governador Tarcísio de Freitas, em homenagem a Campos Neto, e aos presentes ao evento no Palácio dos Bandeirantes.

Desoneração e Haddad

O presidente vê uma “campanha” em andamento nos meios de comunicação e em alguns setores na tentativa de fragilizar Haddad em meio a dificuldades no Congresso de emplacar ações que melhorem a arrecadação, como o fim das desonerações que diminuem as contribuições previdenciárias de 17 setores empresariais.

“O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República. Ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido e mantido por mim. Então, é o seguinte: se o Haddad tiver uma proposta, o que vai acontecer? Ele vai me procurar esta semana pra discutir economia comigo”, resumiu.

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“E eu quero antecipar: a gente não vai fazer ajuste (fiscal) em cima dos pobres.”

Lula disse que os que “ficam criticando os gastos do governo” são os mesmos que foram para o Senado pressionar pela manutenção da desoneração dos 17 setores. E responsabilizou parlamentares e os grupos empresariais a apresentarem uma alternativa.

Isso porque o governo propunha uma reoneração gradual em até três anos, e o Supremo Tribunal Federal espera por um acordo em 45 dias para não acabar com essas vantagens fiscais de uma vez só. 

(Com informações da Agência Gov)

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