Um recente relatório do Itaú BBA revelou um panorama detalhado sobre as compras e vendas de ações realizadas por diretores e membros do conselho das empresas (insiders), divulgado mensalmente pela CVM.
Este estudo é crucial para investidores que buscam compreender melhor os movimentos internos das companhias, uma vez que as transações realizadas por insiders podem fornecer insights valiosos sobre a confiança dos executivos no futuro das empresas.
Segundo o relatório, em maio, as ações da Moura Dubeux (MDNE3), Minerva (BEEF3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Petrobras (PETR3) e Mills (MILS3) foram as mais compradas por partes relacionadas, como membros do conselho, acionistas controladores e diretores.
Por outro lado, as ações da EZTec (EZTC3), Ecorodovias (ECOR3), GPS (GGPS3), Brisanet (BRIT3) e Loja Quero-Quero (LJQQ3) foram as que registraram as maiores vendas por partes relacionadas no mesmo período.
As compras de ações por diretores geralmente sinalizam uma expectativa positiva em relação ao desempenho da companhia, enquanto as vendas podem indicar o contrário, isso porque este público tem acesso a informações privilegiadas que não estão disponíveis em geral, e suas decisões de compra ou venda de ações podem ser interpretadas como sinais importantes sobre a trajetória da empresa.
Tendências dos insider
Nos últimos seis meses, as maiores compras líquidas de ações como percentual do free float foram registradas nas ações da CBA (CBAV3), Pague Menos (PGMN3), Boa Safra Sementes (SOJA3), Méliuz (CASH3) e Infracommerce (IFCM3).
Esses movimentos sugerem uma confiança crescente dos insiders nessas empresas e podem atrair o interesse de investidores externos que buscam oportunidades de investimento.
Em contraste, as vendas significativas observadas nas ações da Multiplan (MULT3), Serena Energia (SRNA3), Melnick Even (MELK3) Dotz (DOTZ3) e Eztec (EZTC3) podem levantar questões sobre a confiança dos diretores em relação ao desempenho futuro dessas companhias.
No entanto, é importante considerar que as vendas de ações também podem ser motivadas por razões pessoais, como diversificação de portfólio ou necessidades de liquidez, e nem sempre indicam uma visão negativa sobre a empresa.