O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que a meta de inflação será contínua e o alvo para a evolução dos preços mantido.
Há expectativa de edição nesta quarta, por Lula, de decreto que formalizará a meta contínua para a inflação, substituindo o atual sistema, que segue o ano-calendário.
A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% para este e os próximos dois anos, sempre com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Em entrevista ao portal UOL, Lula também afirmou que ainda não está pensando na sucessão para a presidência do Banco Central, embora tenha classificado o diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, como “altamente preparado”.
O presidente disse que a inflação está controlada no país e voltou a criticar o nível elevado dos juros básicos.
Desvinculação
Lula também descartou desvincular pensões e benefícios como o BPC da política de ganhos reais do salário mínimo.
Perguntado se o governo estuda desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pensões da política de reajuste do salário mínimo, Lula disse que “não”.
“Garanto que o salário mínímo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, afirmou. “Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos.”
O dólar à vista subia quase 1% no Brasil nesta manhã de quarta-feira, em sintonia com o avanço generalizado da moeda norte-americana no exterior, com investidores avaliando ainda os dados do IPCA-15 e comentários do presidente Lula sobre a área fiscal.