O avanço dos preços ao produtor no Brasil desacelerou em maio mas ainda assim o índice acumulado em 12 meses passou a subir depois de 14 resultados negativos, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Em maio, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou avanço de 0,45%, de uma alta de 0,67% no mês anterior.
O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 0,17%, de queda de 3,15% em abril, marcando a primeira leitura positiva desde fevereiro de 2023.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 15 apresentaram alta de preço em maio frente ao mês anterior. As quatro variações mais intensas foram em indústrias extrativas (-4,98%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,91%); alimentos (1,88%); e vestuário (1,76%).
Já as principais influências para o resultado do mês partiram de alimentos (+0,45 pontos percentuais), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), metalurgia (+0,09 p.p) e papel e celulose (+0,06 p.p).
“Vale destacar que o setor de alimentos, que apresentou variação de 1,88%, maior resultado desde outubro de 2023, foi influenciado principalmente por resíduos da extração de soja, leite e arroz, enquanto açúcar apresentou uma queda mais acentuada de preço”, disse o gerente de análise e metodologia do IBGE, Alexandre Brandão.
“No caso de resíduos de soja, há uma demanda internacional forte, que se alia a uma depreciação do real que vem ocorrendo”.
Ele explicou ainda que, no caso do arroz, as inundações no Rio Grande do Sul causaram problemas de logística para que o produto saísse do Estado, impulsionando a alta dos preços.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.