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Compre Petrobras como proteção contra o fiscal do Brasil, diz BofA

"Há uma alta probabilidade de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital da Petrobras sejam pagos como dividendos"

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Petrobras Chave do Cofre
Petrobras Chave do Cofre
(Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) podem ser vistas como uma proteção contra o ambiente fiscal ruim do governo brasileiro, avalia o Bank of America em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (27).

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Os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Mariana Leite elevaram a recomendação de neutra para compra, com um preço-alvo ajustado de R$ 42 para R$ 47, e de US$ 16,80 para US$ 17,90 para as ADRs (PBR; PBR.A).

A análise destaca que, com a substituição do CEO de Jean Paul Prates para Magda Chambriard e a resolução de disputas fiscais, a Petrobras deu passos significativos para acalmar preocupações sobre governança corporativa, preços de combustível e dividendos.

Os analistas observam que a poeira começou a baixar após a substituição do CEO.

“Houve desenvolvimentos importantes na Petrobras que ajudaram a acalmar as preocupações sobre governança corporativa, preços de combustível, dividendos, entre outros”, afirmam. Um exemplo é a resolução de disputas fiscais envolvendo o CARF (Tribunal Administrativo Tributário Federal Brasileiro) em termos favoráveis, além da manutenção da política de preços de combustível.

Outro ponto destacado é o apoio do governo e da Petrobras à exploração do prospecto da Margem Equatorial.

“Mensagens fortes foram transmitidas pelo governo e/ou Petrobras em apoio à exploração do prospecto da Margem Equatorial”, destacam os analistas. Este desenvolvimento é visto como um passo positivo para a empresa e seu futuro no setor de exploração e produção.

Os retornos de caixa da Petrobras continuam sendo atraentes, com expectativas de divisões especiais.

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“Esperamos que a Petrobras continue entregando retornos de caixa atraentes este ano”, comentam os analistas. Mesmo considerando movimentos de fusões e aquisições (M&A), como a possível compra da refinaria Landulpho Alves (RLAM), os retornos de caixa da Petrobras permanecem sólidos.

Lula e Magda Chambriard em evento em Brasília, na última segunda-feira
Lula e Magda Chambriard em evento em Brasília, na última segunda-feira (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Petróleo e dividendos

O Bank of America projeta preços de petróleo de US$ 86/bbl para 2024 e US$ 80/bbl para 2025. Com base nesses cenários, o fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) deve atingir US$ 20,9 bilhões (rendimento de 23%) em 2024 e US$ 13,3 bilhões (rendimento de 15%) em 2025.

“Também atribuímos uma alta probabilidade de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital sejam pagos como dividendos ainda este ano”, afirmam.

Investimentos da Petrobras

Em relação ao Capex, o relatório sugere que é improvável que aumente materialmente no curto prazo.

“Embora o fluxo de notícias recentes sugira que o mandato da nova CEO Magda Chambriard possa se concentrar na aceleração do investimento, acreditamos ser improvável que o Capex aumente significativamente em relação aos níveis apresentados no último plano estratégico da empresa”, comentam os analistas.

A estrutura de decisão de investimento da Petrobras é complexa, com várias camadas de avaliação antes da aprovação de novos projetos.

“Atualmente, há muitas camadas/departamentos que avaliam se novos projetos superam as barreiras de lucratividade antes de obter Decisões Finais de Investimento (FIDs)”, destacam. Isso inclui a aprovação do Comitê Técnico Estatutário de Investimentos e Desinvestimentos (CTE-ID), composto por 12 gerentes executivos.

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