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Itaú BBA: emissões de renda fixa sustentáveis devem crescer

Em 2023, o Itaú BBA fez 22 operações de renda fixa com o selo ESG

por Reuters
3 min leitura

As operações de finanças sustentáveis no mercado de renda fixa ainda representam uma parcela pequena no universo do Itaú BBA, mas têm “crescido bastante” e devem continuar em um ritmo forte, disse a head de renda fixa ESG da unidade de banco de investimento e para grandes empresas do Itaú Unibanco, Luiza de Vasconcellos.

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“Quando comparamos, por exemplo, o ano passado com esse ano, vemos que esse ano está muito forte”, afirmou a executiva em entrevista à Reuters, referindo a operações como emissão de títulos de dívida ou certificados de recebíveis.

Em 2023, o Itaú BBA fez 22 operações de renda fixa com o selo ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança, que representa o equilíbrio desses temas na gestão dos negócios), enquanto em 2024, até junho, foram 21.

“Dizer que (o número de operaçoes) vai chegar a 30 (em 2024) não me parece um absurdo”, acrescentou.

Ela ponderou que parte desse movimento é explicado pelo fato de o mercado de renda fixa estar muito forte, e dentro desse universo há um percentual que são operações de finanças sustentáveis. E, por consequência, o número de transições subiu.

Mas Vasconcellos também afirmou que as companhias estão cada vez mais conscientes da importância e tentando trazer esse tópico à tona.

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Apesar do movimento chamar a atenção e estar em trajetória crescente, até o ano passado ainda representavam apenas 10,6% das operações de renda fixa estruturadas pelo Itaú BBA. Mas em 2022 esse percentual era 10,2% e em 2021, 9,6%. “Se o ritmo continuar, 2024 deve continuar nessa tendência”, vê a executiva.

Entre os obstáculos ainda para uma expansão mais acelerada desse tipo de operação no Brasil, do ponto de vista das empresas, ela cita a ausência de incentivos, explicando que uma companhia que capta usando finanças sustentáveis não necessariamente terá um benefício de taxa.

“Não há hoje uma demanda que justifique isso (essa taxa menor). Você não tem muitos fundos que investem em renda fixa (ESG), que justifiquem competição em operações que vão pressionar a taxa para baixo”, apontou.

Outro desafio, de acordo com a executiva, é o fato de que empresas que emitem não têm um benefício financeiro claro, imediato, com o benefício ocorrendo ao longo do tempo, seja sobre a ótica reputacional, de posicionamento, estratégia.

“Só que, por outro lado, você tem o custo de fazer essas operações. Você tem que contratar um parecer, você tem que engajar eventualmente um auditor. Então, as empresas conseguem quantificar o custo, enquanto o benefício fica um pouco mais intangível, o que às vezes dificulta”, disse.

“Mas mesmo assim a gente tem visto bastante”, ressaltou, acrescentando entre fatores que poderiam reforçar isso eventual benefício fiscal para esse tipo de transação, mas ponderando que essas discussões e mudanças que envolvem muitos participantes e não ocorrem do dia para a noite.

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