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Após dois dias de quedas, dólar chega aos R$ 5,50 nesta sexta-feira

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4863 reais na venda, em baixa de 1,49%

por Reuters
3 min leitura
Dólar

Após dois dias de fortes quedas, o dólar (USDBRL) sustenta ganhos frente ao real nesta sexta-feira, em uma semana marcada por desconfiança do mercado com as contas públicas e críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária, que foram amenizadas nas últimas sessões.

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Às 10h22, o dólar à vista subia 0,32%, a 5,5041 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,31%, a 5,5160 reais na venda.

Nas duas sessões anteriores, a divisa norte-americana devolveu ganhos acumulados ao longo de várias sessões marcadas pelas preocupações dos investidores com o compromisso fiscal do governo e o futuro da política monetária nacional.

Na terça-feira, o dólar chegou a tocar 5,70 reais e atingiu o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, a 5,6665 reais, em meio aos ataques de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à desconfiança do mercado com o equilíbrio fiscal.

Mas desde quarta-feira, com uma mudança de tom de Lula, que reafirmou a responsabilidade com as contas públicas e o cumprimento do arcabouço fiscal, o câmbio tem tido alívio.

Na quinta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4863 reais na venda, em baixa de 1,49%.

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No cenário externo, os investidores repercutiam nesta sexta-feira dados que mostraram uma moderação do mercado de trabalho dos Estados Unidos, o que amplia o otimismo pelo início de um ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta-feira que foram criadas 206.000 postos de trabalho no país em junho, acima da expectativa de analistas da Reuters de 190.000 vagas, mas menor que o número de maio.

O número de vagas para maio ainda sofreu uma enorme revisão para baixo, a 218.000, ante 272.000 relatadas anteriormente. A taxa de desemprego subiu modestamente para 4,1% neste mês, de 4,0% no mês anterior.

Quando somado à moderação dos preços em maio, o relatório confirmou que a tendência desinflacionária está de volta aos trilhos após o aumento da inflação no primeiro trimestre, o que também pode elevar a confiança das autoridades do Fed em relação às perspectivas de inflação.

Os operadores elevaram ligeiramente as apostas para cortes de juros pelo Fed em setembro e dezembro após a divulgação dos dados.

Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.

“Dólar cedendo de maneira global, principalmente em relação a cesta de moedas fortes. Hoje, tem ajuste pós-feriado nos EUA, e também naturalmente o payroll, índice mais importante da agenda da semana”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Às 10h17, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,19%, a 104,960.

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