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Raízen: Santander inicia cobertura e projeta alta de 40% para ação

Apesar do aumento nas vendas de veículos elétricos, o banco estima que a demanda por gasolina e etanol continue a crescer

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Raízen Shell

O Santander assumiu a cobertura das ações da Raízen (RAIZ4) com recomendação de “compra” e preço-alvo de R$ 4 para o ano fiscal de 2026. Segundo os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata, isso implica um potencial de alta de 33% e um retorno total de 40%.

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Palhares e Hirata destacaram o otimismo em relação ao E2G (etanol de segunda geração), mesmo reconhecendo os desafios na implementação.

“Os volumes têm sido mais fortes do que o esperado e os retornos são semelhantes aos dos seus projetos globais”, afirmaram.

Eles também observaram que a redução dos preços da energia poderia melhorar as margens e a rescisão de contratos de cogeração de energia pode representar uma oportunidade de crescimento para a Raízen como fornecedora de tecnologia.

Os analistas notaram que, apesar de os preços da energia serem fortes, a implementação do E2G enfrenta dificuldades devido à inflação e aos atrasos na construção. No entanto, acreditam que a antecipação de receitas poderia resolver problemas de financiamento.

Combustíveis da Raízen

Em relação ao consumo de combustível, Palhares e Hirata esperam que a demanda por gasolina e etanol continue a crescer, apesar do aumento nas vendas de veículos elétricos (VE).

“A frota ainda está em expansão e este aumento nas vendas de VE provavelmente levará muito tempo para ter impacto na frota”, explicaram.

Além disso, o etanol está ganhando participação em relação à gasolina, o que pode ajudar a normalizar os estoques e permitir a expansão do mercado.

Para o ano fiscal de 2025, a perspectiva do Santander é de desafios devido aos preços mais fracos do açúcar. Os analistas projetam um EBITDA de R$ 14,7 bilhões, próximo ao limite inferior do guidance e 7% abaixo do consenso de mercado.

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“Somos mais conservadores que o mercado no negócio de Açúcar e Etanol, devido à tendência de queda dos preços do açúcar”, disseram Palhares e Hirata.

Os analistas assumem um preço médio de US$ 0,19 por libra para o açúcar, contra US$ 0,21 por libra do consenso de mercado. Eles atribuem essa diferença às perspectivas mais favoráveis para a safra 2024-25 no Brasil e na Tailândia, que podem resultar em um pequeno excedente.

No entanto, Palhares e Hirata são otimistas em relação ao negócio de Mobilidade da Raízen, destacando a estratégia da empresa de focar nas margens em vez dos volumes. “Essa abordagem pode trazer resultados positivos a longo prazo”, afirmaram.

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