As ações da LWSA (LWSA3), ex-Locaweb, caíram 25% em 2024 e já estão próximas do preço realizado em seu IPO em fevereiro de 2020, alerta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (10).
Segundo os analistas Osni Carfi, Guilherme Guttilla e Bruno Lima, este desempenho “não faz sentido”.
“Nós removemos o ativo do nosso portfólio Small Caps logo após os resultados do quarto trimestre, temendo que a desaceleração do crescimento causada pela reestruturação da Squid prejudicasse as ações, mas a reinserimos no mês passado, após atingir níveis que consideramos altamente assimétricos”, explicam.
Eles explicam que o fluxo de caixa deve disparar: “compre ao som dos canhões”, diz o banco.
A expectativa é de que a receita do segundo trimestre de 2024 cresça 7% ano a ano, “o que não é exatamente inspirador”, com a reestruturação da Squid prejudicará o crescimento anual durante todo o ano (no primeiro trimestre, corroeu 5 pontos percentuais do crescimento).
“Contudo, quando olhamos para como as coisas estão se comportando trimestre a trimestre, torna-se claro que o crescimento deverá atingir níveis entre 13% a 15%, uma vez que a base de comparação esteja “limpa” da reestruturação”, pontuam Carfi, Guttilla e Lima.
Crescimento da LWSA é ignorado
Apesar de o crescimento ter sido fraco no primeiro trimestre do ano, o Ebitda aumentou 18% ao ano e o fluxo de caixa 69,5%.
“Acreditamos que o crescimento de fluxo de caixa que a LWSA está preparada para surfar é ignorado pelo mercado e será um poderoso impulsionador para as ações”, analisa o BTG.
Os analistas projetam a geração de R$ 200 milhões de fluxo de caixa em 2025, o que significa que é negociado a 11 vezes o valor da empresa sobre o fluxo de caixa livre (EV/FCF).
“É muito difícil encontrar uma empresa de tecnologia (mesmo em mercados privados) que seja “caixa líquido”, aumentando as receitas e expandindo de forma interessante as margens Ebitda e fluxo de caixa a este nível”, opinam.
A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 7.