O time de análise da XP Investimentos avalia que a dinâmica das operações da Alpargatas (ALPA4) está melhor no Brasil, mas que a internacional e os efeitos não recorrentes devem afetar os resultados mais uma vez, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (10).
Segundo a head de varejo Danniela Eiger, as vendas líquidas consolidadas devem crescer 9% em relação ao período homólogo, uma vez que a melhora nos volumes no Brasil (+20%) deve ser parcialmente compensada pelos volumes ainda fracos nas operações internacionais (-4%), devido ao alto nível de estoques e ajustes operacionais.
“Em termos de rentabilidade, Havaianas Brasil deve ser o destaque, com uma forte expansão das margens bruta e EBITDA (+12-13p.p. ano a ano, respectivamente), decorrente de eficiências na fábrica, mas ainda impactada por baixas de estoques e contingências trabalhistas”, explica,
No balanço do primeiro trimestre, a administração dizia ver avanços importantes de retomada da competitividade, da escala e na melhoria de eficiência de custos e despesas no mercado interno, mas que na operação internacional estava “alguns passos atrás nesse percurso”.
Havaianas internacional
O volume de vendas de pares caiu 9,6% naquele trimestre, na comparação com um ano anterior. A queda do volume internacional foi puxada pelos EUA com recuo de 20%, Europa com volume 10% menor e mercados distribuidores internacionais com queda de 4%.
“Na frente internacional, esperamos que o Ebitda fique no ponto de equilíbrio, impactado por investimentos mais pesados em marketing. Quanto à Rothy’s, esperamos que as vendas líquidas aumentem cerca de 10% em relação ao ano anterior, com o Ebitda se aproximando dos níveis de equilíbrio”, opina Eiger.
A estimativa é de um lucro líquido consolidado de R$ 8 milhões. O balanço será divulgado no dia 8 de agosto.