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Nova aquisição da Suzano foi um bom negócio?

Safra questiona "se a rentabilidade dessas usinas é baixa", em comparação com os últimos investimentos da Klabin

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Pactiv Evergreen, empresa adquirida pela Suzano
Pactiv Evergreen, empresa adquirida pela Suzano
Pactiv Evergreen, empresa adquirida pela Suzano (Imagem: Divulgação/ Pactiv Evergreen)

A Suzano (SUZB3) anunciou na sexta-feira (12) a compra de ativos da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos por US$ 110 milhões, após ter desistido de uma aquisição muito maior da International Paper.

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A aquisição diz respeito aos ativos que compõem as plantas integradas de fabricação de papel-cartão revestido e não revestido localizadas em Pine Bluff, no Arkansas, e Waynesville, na Carolina do Norte, disse a Suzano, acrescentando que a capacidade total integrada das unidades é de cerca de 420 mil toneladas por ano.

“A operação está alinhada à avenida estratégica de longo prazo da Suzano de ‘avançar nos elos da cadeia, sempre com vantagem competitiva’, proporcionando à companhia a entrada no mercado norte-americano de papel-cartão com competitividade e escalabilidade”, afirmou a produtora de papel e celulose no documento.

Suzano: uma boa estratégia?

Segundo os analistas do Banco Safra, a empresa está dando um pequeno para acelerar sua estratégia de fibra para fibra (cerca de 0,9% do valor de mercado da Suzano), “motivado pelo desejo da empresa de entender os mercados de papel dos EUA e fazer contatos na indústria que poderiam eventualmente comprar papelão produzido pela empresa no Brasil”.

Contudo, nos cálculos do Safra, a transação implica que a Suzano pagará US$ 262 por tonelada do papel, cerca de 10% do que a Klabin (KLBN11) investiu na Puma II -ou seja, R$ 12,9 bilhões por 910 ktpy de capacidade -, o que leva o banco “a questionar se a rentabilidade dessas usinas é baixa”.

Segundo o BTG, depois da infeliz provação de aquisição da IP, que desagradou aos investidores, várias dessas pequenas transações de aquisição de produtos de papel e embalagem podem gradualmente acalmar as preocupações dos investidores com relação à alocação de capital.

“Continuamos vendo a desalavancagem da empresa de 3x para quase 2,2x até 2025, e esperamos que a administração continue recomprando ações em níveis tão baixos. Acreditamos que as ações estão profundamente subvalorizadas e mantemos nossa recomendação de compra”, apontam os analistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima.

A Suzano cita três fundamentos para a aquisição:

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1 – ativos competitivos e bem posicionados na curva de custo da indústria;

2 – excelente localização geográfica no que diz respeito à infraestrutura operacional e logística, com amplo acesso à madeira de baixo custo e representando inclusive opcionalidade futura;

3 – e operação que detém a liderança do mercado norte-americano no segmento. A Companhia visa aportar seu conhecimento e experiência operacional no negócio de papel-cartão, buscando ampliar a competitividade estrutural e rentabilidade dos ativos adquiridos.

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