As vendas no varejo dos Estados Unidos permaneceram inalteradas em junho e a tendência subjacente foi forte, o que pode impulsionar as estimativas de crescimento econômico para o segundo trimestre.
A leitura estável das vendas no varejo no mês passado seguiu-se a um ganho revisado para cima de 0,3% em maio, informou o Departamento de Comércio nesta terça-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam queda de 0,3% das vendas varejistas, que são em sua maioria bens e não são ajustadas pela inflação, depois de um ganho de 0,1% relatado anteriormente em maio.
Ainda assim, a perspectiva para as vendas é desfavorável.
As famílias estão se tornando mais sensíveis aos preços e se concentrando nas necessidades básicas, o que fica evidente nos balanços dos principais varejistas e fabricantes.
A maioria das famílias esgotou o excesso de poupança acumulado durante a pandemia da Covid-19 e está com muitas dívidas de cartão de crédito, que estão se tornando mais caras à medida que a taxa de juros permanece elevada. O crescimento dos salários também está se moderando conforme o mercado de trabalho esfria. No entanto, o ritmo dos gastos do consumidor continua suficiente para manter a expansão econômica no caminho certo.
As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação aumentaram 0,9% no mês passado, depois de terem subido 0,4% em maio. Esse dado corresponde mais estreitamente ao componente de gastos do consumidor do produto interno bruto.