A Smartfit (SMFT3) anunciou nesta terça-feira (16) a compra da Velocity, maior rede de academias de spinning fitness do Brasil, por R$ 183 milhões em um negócio que foi considerado “marginal”, mas positivo para a empresa.
As ações reagem com alta na abertura dos negócios.
Segundo os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Luis Mollo, do BTG Pactual, o movimento potencializa a complementaridade do portfólio do segmento de estúdios.
Hoje a Smartfit tem 23 unidades operando sob as marcas Race Bootcamp (treinamento intervalado de alta intensidade – HIIT), Tonus Gym (musculação), Vidya (várias modalidades de yoga), Jab House (uma combinação de boxe e treinamento funcional) e One Pilates (estúdio de pilates).
A Velocity tem 82 unidades, das quais 77 são franquias. Além da marca “Velocity” (aulas de spinning em grupo), a empresa também possui estúdios voltados para treinamento funcional
A adquirida registrou uma receita líquida de R$ 35,6 milhões (1% da Smartfit) nos 12 meses encerrados em abril, segundo dados não auditados, com lucro líquido de R$ 10,1 milhões (margem líquida de 28%).
Smartfit pagou caro?
Nos cálculos do BTG, a compra teve um valuation elevado, de 18 vezes o preço sobre o lucro para 2025 e uma natureza relativamente consensual entre os investidores.
Além disso, há um potencial de canibalização entre suas academias, o que pode afetar o número de membros por academia e concorrência de pares como Bluefit, apoiado pelo fundo Mubadala.
Ainda assim, os analistas veem “excelentes perspectivas de crescimento para os próximos quatro anos”. A recomendação de compra foi reiterada, com um preço-alvo de R$ 28.