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China diz que interrompeu discussões sobre controle de armas com EUA por conta de Taiwan

Os EUA têm um estoque de cerca de 3.700 ogivas nucleares, das quais aproximadamente 1.419 ogivas nucleares estratégicas foram instaladas

por Reuters
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Marinheiro segura bandeira de Taiwan na fragata Lafayette durante tour de unidades modelo organizado pelo Ministério da Defesa de Taiwan, em Kaohsiung

A China interrompeu as conversas sobre controle de armas nucleares com os Estados Unidos, informou o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta quarta-feira, em protesto contra as vendas de armas norte-americanas para Taiwan, que Pequim reivindica como seu território.

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O porta-voz do ministério, Lin Jian, disse que as repetidas vendas de armas dos EUA para Taiwan nos últimos meses “comprometeram seriamente a atmosfera política para a continuidade das consultas sobre controle de armas.”

“Consequentemente, o lado chinês decidiu suspender a discussão com os EUA sobre uma nova rodada de consultas sobre controle de armas e não proliferação. A responsabilidade é totalmente dos EUA”, disse Lin em uma coletiva de imprensa em Pequim.

Lin disse que a China está disposta a manter a comunicação sobre o controle internacional de armas, mas que os EUA “devem respeitar os principais interesses da China e criar as condições necessárias para o diálogo e o intercâmbio.”

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que a China optou por seguir o exemplo da Rússia ao afirmar que o compromisso de controle de armas não pode prosseguir enquanto houver outros desafios no relacionamento bilateral.

“Acreditamos que essa abordagem prejudica a estabilidade estratégica e aumenta o risco de uma dinâmica de corrida armamentista”, disse Miller aos repórteres.

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Marinheiro segura bandeira de Taiwan na fragata Lafayette durante tour de unidades modelo organizado pelo Ministério da Defesa de Taiwan, em Kaohsiung
Marinheiro segura bandeira de Taiwan na fragata Lafayette durante tour de unidades modelo organizado pelo Ministério da Defesa de Taiwan, em Kaohsiung (Imagem: Reuters/Nicky Loh)

As autoridades norte-americanas e chinesas retomaram as discussões sobre armas nucleares em novembro, mas as conversas formais sobre controle não eram esperadas tão cedo, apesar das preocupações dos EUA com o rápido desenvolvimento de armas nucleares na China.

Os EUA estimam que a China tenha 500 ogivas nucleares operacionais e provavelmente terá mais de 1.000 até 2030.

As autoridades norte-americanas têm expressado frustração com o fato de Pequim ter demonstrado pouco interesse em discutir medidas para reduzir os riscos das armas nucleares. Mas a China há muito tempo argumenta que os EUA já possuem um arsenal muito maior.

Os EUA têm um estoque de cerca de 3.700 ogivas nucleares, das quais aproximadamente 1.419 ogivas nucleares estratégicas foram instaladas. A Rússia tem cerca de 1.550 armas nucleares instaladas e, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos, um estoque de 4.489 ogivas nucleares.

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