Os preços futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian ampliaram perdas nesta quinta-feira, arrastados pelo enfraquecimento do mercado de aço na China, principal mercado consumidor do minério, enquanto os investidores aguardavam detalhes das prováveis medidas de estímulo da reunião plenária em Pequim.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,9%, a 811,5 iuanes (111,86 dólares) a tonelada.
No início da sessão, o contrato atingiu uma mínima intradiária de 798 iuanes por tonelada, seu valor mais baixo desde 26 de junho.
O minério de ferro de referência de agosto na Bolsa de Cingapura, no entanto, subia 0,67%, a 105,65 dólares a tonelada.
Os preços de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai foram pressionados pela demanda fraca, limitada pela temperatura e pelas fortes chuvas em algumas regiões.
O vergalhão e a bobina laminada a quente perderam cerca de 0,8%, o fio-máquina caiu quase 1,2% e o aço inoxidável recuou perto de 0,2%.
Os volumes diários de transações de produtos de aço para construção diminuíram 18% em relação à terça-feira, para 95.300 toneladas na quarta-feira, segundo dados da consultoria Mysteel.
A retração no setor imobiliário chinês ocorre no momento em que a indústria siderúrgica entra em seu período mais calmo de verão, quando a demanda tende a enfraquecer, escreveram analistas do ANZ em nota. O setor imobiliário é um dos principais consumidores de aço na China.
Os investidores e traders ainda estão aguardando detalhes sobre possíveis estímulos na terceira reunião plenária dos principais líderes do Partido Comunista da China, que está programada para terminar na quinta-feira.
Não se espera que Pequim lance novas medidas que levem a um aumento na demanda doméstica do setor imobiliário, disseram os analistas do ANZ. No entanto, os preços do minério de ferro não devem colapsar, já que maiores investimentos em habitação social e infraestrutura, juntamente com o crescimento dos setores de manufatura, maquinário e transporte marítimo, devem elevar o consumo de aço da China, acrescentou o ANZ.