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Dólar à vista fecha em baixa de 0,64%, a R$ 5,56 na venda

Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,75%, a 5,5765 reais na venda

por André Torres
3 min leitura
Dólar

O dólar (USDBRL) interrompeu uma sequência de três sessões consecutivas de alta e fechou a segunda-feira em queda, novamente abaixo dos 5,60 reais, com as cotações reagindo ao ambiente externo mais favorável às divisas de emergentes e à confirmação pelo governo de congelamento de 15 bilhões de reais em despesas do Orçamento de 2024.

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O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5687 reais na venda, em baixa de 0,64%. Em julho, a divisa norte-americana acumula queda de 0,39%.

Às 17h26, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,74%, a 5,5770 reais na venda.

Na semana passada o aumento da percepção de risco fiscal fez o dólar avançar 3,20% ante o real, ainda que na quinta-feira o governo tenha antecipado o anúncio de um congelamento de 15 bilhões de reais de despesas no Orçamento de 2024.

O avanço do iene ante o dólar também deu sustentação à valorização da moeda norte-americana ante o real em algumas sessões da última semana, com agentes do mercado citando a desmontagem de posições de carry trade na moeda japonesa.

No carry trade investidores tomam recursos no exterior, a taxas de juros baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior.

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Nesta segunda-feira o cenário foi mais favorável para o real, na visão de alguns profissionais.

“O dia 17 (quarta-feira passada) foi chave para as moedas. O iene disparou, e aquilo reverberou por todos os mercados. Parece que isso passou”, disse o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado. “A semana começou com algum respiro para o real”, acrescentou.

O dólar cedia ante o real e em relação a outras divisas pares da moeda brasileira, como a lira turca, o peso mexicano e o peso chileno.

Internamente também havia uma percepção mais favorável ainda que tardia em relação ao congelamento de 15 bilhões anunciado pelo governo na quinta-feira passada.

Durante a tarde, os ministérios do Planejamento e da Fazenda confirmaram, por meio do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, a necessidade de uma contenção de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a 28,8 bilhões de reais, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero.

Pouco depois do meio-dia, antes mesmo do relatório, Lula reforçou o discurso do governo de defesa do equilíbrio fiscal.

Em entrevista a jornalistas de agências internacionais, ele afirmou que o governo fará o congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário e disse que traz a questão da responsabilidade fiscal nas “entranhas”. “Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear”, disse.

Neste cenário, após marcar a cotação máxima de 5,6106 reais (+0,11%) às 9h10, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,5357 reais (-1,23%) às 13h22.

Também esteve no radar dos investidores, com efeitos menores sobre o câmbio e a curva de juros no Brasil, a desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral dos EUA.

Às 17h25, o dólar ainda se mantinha em baixa ante as moedas emergentes, mas avançava ante as divisas fortes: o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,10%, a 104,320.

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