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Ibovespa: veja os 11 destaques de hoje; Usiminas derrete 23%  

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,1%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,1939%, de 4,256% na véspera

por Reuters
3 min leitura
Galpão de aço da Usiminas

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de mais de 1% nesta sexta-feira, praticamente zerando as perdas da semana com a ajuda principalmente da Vale (VALE3), que subiu 1,49% um dia após resultado trimestral, com o CEO afirmando que mineradora caminha para o topo das metas relacionadas ao minério de ferro em 2024.

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Um salto de quase 6,72% da JBS após “upgrade” do JPMorgan reforçou a performance positiva, enquanto Usiminas foi destaque negativo do Ibovespa, com um tombo de 23,55%, após o balanço do segundo trimestre e sinalizações da companhia decepcionarem analistas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,22%, a 127.491049 pontos, acumulando variação negativa de apenas 0,1% na semana.

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 127.699,91 pontos. Na mínima, a 125.953,28 pontos. O volume financeiro na bolsa paulista somou 22,6 bilhões de reais.

As ações brasileiras ampliaram a alta à tarde, conforme Wall Street acelerou os ganhos em sessão marcada por dados de inflação mantendo as apostas de corte de juros em setembro.

Nos Estados Unidos, o índice de preçosde despesas com consumo (PCE, da sigla em inglês) aumentou 0,1% no mês passado, em linha com as projeções. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o PCE teve alta de 0,2% no mês passado, acima da expectativa de 0,1% no mercado.

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Após os dados, os futuros de juros nos EUA continuaram embutindo apostas de que o Federal Reserve irá manter os juros na próxima semana, mas promover um corte inicial no encontro seguinte, em setembro, e outros dois até o final do ano.

Na visão de economistas do Bradesco chefiados por Fernando Honorato, os números do PCE trouxeram um alívio importante, levando-se em consideração os riscos altistas após a surpresa positiva nos dados do PIB do segundo trimestre dos EUA, divulgados na véspera.

“Os recorrentes alívios refletem um progresso importante para o mandato de inflação do Fed e tornam o cenário cada vez mais construtivo para que seja iniciado o processo de flexibilização monetária no país”, afirmaram em nota enviada a clientes nesta sexta-feira.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,1%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,1939%, de 4,256% na véspera.

Destaques

Vale (VALE3) avançou 1,49%, apoiada pelo aumento do minério de ferro no exterior, um dia após divulgar balanço do segundo trimestre com resultado com Ebitda ajustado de 3,99 bilhões de dólares.

A mineradora também anunciou juros sobre capital próprio de cerca de 2,09 reais por ação, enquanto o CEO Eduardo Bartolomeo disse que os resultados de produção e vendas de minério de ferro no primeiro semestre colocam a companhia no caminho para atingir o ponto mais alto das suas metas para 2024.

JBS (JBSS3) disparou 6,72%, endossada por relatório de analistas do JPMorgan elevando a recomendação de “neutra” para “overweight”, bem como o preço-alvo, de 27 para 37 reais, destacando que o “momentum” dos resultados segue forte e que a queda recente oferece um bom ponto de entrada nos papéis.

A maior processadora de carnes do mundo também anunciou nesta sexta-feira que vai inaugurar em novembro a sua fábrica de empanados de frango na Arábia Saudita.

Usiminas (USIM5) desabou 23,55%, para uma mínima desde 30 de outubro de 2023, a 6,33 reais, em meio à repercussão do resultado do segundo trimestre, que mostrou Ebitda ajustado de 247 milhões de reais, abaixo das projeções no mercado.

Nem a sinalização da empresa de que espera alta nas vendas de aço no terceiro trimestre e que aumentará preços em agosto amenizaram a fustração, com analistas preocupados com pressões de custos, com a Usiminas perdendo 2,1 bilhões de reais em valor de mercado

Hypera (HYPE3) subiu 5,77%, revertendo a queda dos primeiros negócios, tendo como pano de fundo Ebitda das operações continuadas de 755,1 milhões de reais, recuo de 4,5% ano a ano, com queda em margens.

As ações ganharam fôlego durante a teleconferência com analistas, na qual executivos da farmacêutica afirmaram que devem manter a política mais agressiva de descontos, mas que isso não deve afetar de forma relevante as margens.

Petz (PETZ3) valorizou-se 3,92%, no segundo dia seguido de ganhos após um começo de semana mais negativo. A companhia disse que o prazo para as negociações exclusivas envolvendo potencial combinação com a Cobasi, que se encerra em 23 de agosto, poderá ser estendido por 30 dias caso “estejam prosseguindo a contento”.

A XP reduziu previsão para o Ebitda em 2024 e 2025 da Petz, mas reiterou o preço-alvo de 4,50 reais para as ações, bem como a recomendação de “compra”.

Petrobras (PETR4) fechou em baixa de 0,11%, após ter subido mais de 1% na máxima da sessão, quando se descolou da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo, com o barril de Brent caiu 1,51%.

Antes dos ajustes finais, as PNs ainda trabalhavam no azul (+0,16%). Em entrevista publicada durante o call de fechamento, a diretora de Exploração e Produção da estatal disse à Reuters que a Petrobras fez oferta não vinculante por fatia em mega bloco da Galp na Namíbia.

Itaú (ITUB4) avançou 0,74% e Bradesco (BBDC4) subiu 0,81%, embalados pela bom humor generalizado na bolsa.

O Banco Central divulgou nesta sessão dados de crédito mostrando aumento nas concessões em junho de 2,4% ante maio, enquanto a inadimplência no segmento de recursos livres passou de 4,5% para 4,6% nessa mesma comparação.

Banco do Brasil (BBAS3) valorizou-se 0,86% e Santander Brasil (SANB11) encerrou o dia com acréscimo de 1,8%.

Americanas (AMER3) , que não está no Ibovespa, caiu 7,89%, revertendo o sinal positivo da primeira etapa da sessão, um dia após seu conselho de administração homologar parcialmente aumento de capital de 24,5 bilhões de reais, com quase cerca de metade sendo subscrito pelos bilionários acionistas de referência da companhia em recuperação judicial e a outra metade por credores.

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