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EUA podem “calibrar” sanções contra Venezuela após eleição

Nos últimos meses, Washington relaxou e depois retomou sanções sobre a indústria petrolífera venezuelana

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst/Pool)

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai “calibrar” suas sanções contra a Venezuela a depender de como a eleição do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ocorra no domingo, disseram autoridades norte-americanas, sinalizando que Washington pode aliviar as medidas punitivas caso o presidente local, Nicolás Maduro, realize eleições justas.

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Mas Washington também alertou Maduro de que, se ele declarar vitória sem uma prova convincente disso, “colocará em questão” se a comunidade internacional deverá aceitar o resultado.

Maduro está buscando um terceiro mandato à frente do país, que sofre com pesadas sanções dos EUA. Seu opositor, Edmundo González, tem atraído muitos apoios.

A oposição e alguns observadores internacionais duvidam de que a eleição será justa, afirmando que decisões das autoridades eleitorais e prisões de alguns membros da campanha de oposição têm como objetivo criar obstáculos para a disputa livre do pleito.

Autoridades norte-americanas afirmaram nesta sexta-feira que estão observando de perto os últimos acontecimentos que envolvem a eleição.

Nos últimos meses, Washington relaxou e depois retomou sanções sobre a indústria petrolífera venezuelana, após alegar que o governo Maduro não cumpriu o acordo eleitoral feito para permitir uma votação inclusiva e democrática.

Autoridades dos EUA, que pediram para não serem identificadas, disseram que não iriam prejulgar o resultado, mas estão preocupadas com uma possível repressão política. Elas alertaram os militares da Venezuela, que há muito tempo apoiam Maduro, para não interferirem no processo eleitoral.

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“Os Estados Unidos estão preparados para calibrar nossa política de sanções a depender dos eventos que podem se desenrolar na Venezuela”, disse uma fonte. “À medida que olhamos para o período pós-eleitoral, continuaremos avaliando e atualizando nossa política de sanções conforme for necessário, baseado nas nossas metas quanto à política externa.”

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Bonnie Cash)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Bonnie Cash)

As autoridades recusaram-se a citar quaisquer medidas específicas dos EUA, mas sublinharam que, uma vez que a tomada de posse presidencial venezuelana só está marcada para janeiro, a resposta provavelmente ocorrerá durante a segunda metade do ano.

Uma autoridade afirmou ainda que é “altamente preocupante” que o governo Maduro tenha limitado o número de observadores internacionais.

Ela pediu que as autoridades venezuelanas reconsiderassem a decisão de barrar um avião com ex-presidentes regionais, que voariam do Panamá para Caracas para observar o pleito.

O Ministério dos Transportes da Venezuela disse que seu espaço aéreo estava operando normalmente.

González, um veterano ex-diplomata, herdou a liderança da oposição de Maria Corina Machado, que é popular e venceu as primárias da oposição, mas foi proibida de ocupar um cargo público.

Maduro, um socialista que teve a eleição de 2018 classificada pela maioria dos governos ocidentais como uma fraude, afirmou que a Venezuela tem o sistema eleitoral mais transparente do mundo.

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