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Qual é o valor de mercado de uma medalha de ouro em Paris 2024?

Contrariando seu nome, as medalhas não são feitas inteiramente de ouro, possuindo cerca de 523 gramas de prata

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Medalha de Ouro Paris 2024

Uma análise da Oxford Economics sobre o valor de mercado de uma medalha de ouro das Olimpíadas de Paris 2024 revela que, apesar de seu valor simbólico e histórico, a composição material dessas medalhas tem um valor significativo em termos financeiros.

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O economista Diego Cacciapuoti, que assina o documento publicado nesta segunda-feira (29), estima que o valor de uma medalha de ouro dessas Olimpíadas é de aproximadamente US$ 1.027, e destaca que os metais preciosos em sua composição projetam um aumento considerável no valor nos próximos anos.

Contrariando seu nome, as medalhas das Olimpíadas de Paris 2024 não são feitas inteiramente de ouro.

Elas consistem em 523 gramas de prata, revestidas com 6 gramas de ouro. As medalhas de prata, por outro lado, pesam 525 gramas, sendo feitas de prata pura, enquanto as medalhas de bronze pesam 455 gramas, sendo compostas por cobre, estanho e zinco. Este ano, as medalhas olímpicas incluem ainda uma peça de ferro da Torre Eiffel, o que as torna ainda mais especiais.

Cacciapuoti destaca que, excluindo o valor da peça de ferro da Torre Eiffel (inestimável), o valor estimado de cada medalha de ouro é de US$ 1.027, enquanto as medalhas de prata e bronze valem US$ 535 e US$ 4,6, respectivamente.

“Com os mercados de metais preciosos e industriais tão aquecidos, ganhar uma medalha olímpica este ano deve render um valor considerável em investimentos, além da glória eterna associada à conquista de um lugar no pódio”, afirma o economista.

A expectativa é de que, até os próximos Jogos Olímpicos em Los Angeles (EUA) em 2028, o valor dessas medalhas aumente significativamente. Segundo a análise, as medalhas de ouro deverão valer US$ 1.136, as de prata US$ 579 e as de bronze US$ 5,2.

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“Durante as Olimpíadas de Brisbane (Austrália) em 2032, prevemos que as medalhas valerão US$ 1.612, US$ 608 e US$ 6, respectivamente, então os atletas vencedores deste ano estarão fazendo um excelente negócio”, projeta Cacciapuoti.

Perspectivas para o ouro

O aumento do valor dessas medalhas pode ser atribuído ao crescimento dos preços dos metais preciosos e industriais. A Oxford Economics, por meio de seu Global Commodity Forecast Service, prevê que tanto os preços dos metais preciosos quanto dos industriais subirão consideravelmente no futuro, sustentados por fundamentos robustos.

Previsões de preços para commodities-chave na produção de medalhas olímpicas

Gráfico 9845
(Imagem: Oxford Economics)

A análise destaca a perspectiva otimista para o ouro, com a expectativa de que os preços cheguem a US$ 2.640 por onça até 2028 e US$ 2.865 por onça até 2032, impulsionados pela forte demanda estrutural de bancos centrais de mercados emergentes e consumidores chineses. “Prevemos que os fundamentos fortes continuarão a empurrar os preços do ouro para cima, com a demanda de bancos centrais e do Banco Popular da China representando a principal força de demanda estrutural otimista”, diz Cacciapuoti.

Quanto à prata, o relatório indica que, embora o mercado tenha sido volátil, os preços devem se estabilizar e ainda assim apreciar, atingindo US$ 31,27 por onça até 2028 e US$ 32,83 por onça até 2032. “A produção industrial afeta consideravelmente a prata devido ao seu maior uso industrial, e as expectativas de produção industrial mais brilhantes levaram os preços da prata para cima”, explica o economista.

O cobre também tem um futuro promissor, com preços previstos para chegar a US$ 11.051 por tonelada em 2028, impulsionados pela produção robusta de veículos elétricos e energias renováveis na China e outras regiões-chave. “Esperamos que o crescimento estrutural crescente eleve a demanda, com uma produção robusta de EVs e renováveis na China e outras regiões-chave, impulsionando os preços do cobre para US$ 11.051 por tonelada em 2028”, detalha o relatório.

A análise também menciona o mercado de zinco, que enfrentou um grande superávit nos primeiros quatro meses de 2024, mas deve ver uma melhora na demanda. “Prevemos um declínio gradual nos preços do zinco à medida que os preços elevados incentivam a reativação de capacidades fechadas”, afirma Cacciapuoti.

Por fim, o relatório aborda o mercado de estanho, que viu um aumento acentuado nos preços devido a interrupções no fornecimento da Indonésia e Mianmar. Apesar de uma correção esperada, os preços devem permanecer altos devido à demanda crescente. “Os preços do estanho subiram muito rapidamente, mas devem cair no segundo semestre, embora permaneçam altos devido à continuação da demanda e à normalização do fornecimento”, conclui o economista.

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