As ações da Wege (WEGE3) serão reclassificadas para cima após a surpresa positiva em relação ao resultado do segundo trimestre de 2024, avalia o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (31).
A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 1,441,7 bilhão no segundo trimestre de 2024, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1,368,4 bilhão. Comparado ao primeiro trimestre, o crescimento foi de 8,6%, quando o lucro líquido foi de R$ 1,328 bilhão.
“A WEG surpreendeu o mercado mais uma vez, superando as expectativas otimistas quanto à capacidade da empresa de manter margens altas. O faturamento atendeu às expectativas, mostrando crescimento mais lento, mas se beneficiando da depreciação do Real e da consolidação da Regal Rexnord”, escreveu o analista Daniel Gasparete.
Segundo ele, a lucratividade foi o destaque do balanço, com a margem EBITDA aumentando em 1 ponto percentual na passagem trimestral, para 22,9%, e o lucro líquido subindo 5% na comparação anual, apesar do aumento da taxa de imposto de renda.
“Esse desempenho positivo pode levar a uma correção para cima nos números de consenso se a empresa demonstrar que essa tendência continuará”, antecipa Gasparete.
Além disso, ele ressalta que o resultado deve aliviar as preocupações sobre o impacto da consolidação da Regal Rexnord na lucratividade da WEG.
O Itaú BBA manteve a recomendação de desempenho acima da média do mercado (outpeform) para as ações da Weg, com preço-alvo de R$ 52.
“Além da forte lucratividade e das discussões em torno da Inteligência Artificial beneficiando as ações, prevemos uma potencial aceleração no crescimento da receita, o que pode levar a uma reclassificação do múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 30 vezes em 2025 da Weg”, conclui Gasparete.
“Um trimestre extraordinário”, escreveram os analistas do Bradesco BBI no título do comentário a clientes sobre os números da WEG, destacando que o Ebitda divulgado pela companhia, que cresceu 15,7% ano a ano, superou as suas expectativas e as previsões no mercado.
Na visão dos analistas do Citi, além do Ebitda acima do esperado, o balanço mostrou um começo “auspicioso para integração da Regal”. “Havia alguns temores de que as margens da Regal seriam significativamente menores do que as da WEG, o que não pareceu ter se materializado”, afirmaram em relatório.