A BB Seguridade (BBSE3) teve alta de 1,6% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre, a 1,87 bilhão de reais, pressionado por queda de cerca de 23% no resultado da unidade de pensões Brasilprev e por recuo no resultado financeiro na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o braço de previdência e seguros do Banco do Brasil, o resultado na participação na Brasilprev caiu 76,6 milhões de reais, impactado pela queda do resultado financeiro, “provocada pelo aumento no custo dos passivos dos planos de benefício definido e pela marcação a mercado negativa nos investimentos”. A empresa afirmou que teve de fazer abertura da estrutura a termo de taxa de juros.
Já o resultado financeiro consolidado da BB Seguridade somou 323,5 milhões de reais, líquido de impostos, queda de 14% sobre o desempenho de um ano antes.
A BB Seguridade afirmou que a retração no resultado financeiro foi causada “em grande parte ao resultado financeiro da Brasilprev”, que foi impactado pelo aumento de 8,5 pontos percentuais na taxa média de atualização dos passivos dos planos de benefício definido e pela marcação a mercado negativa nos investimentos por causa da abertura da estrutura a termo de taxa de juros. No segundo trimestre do ano passado, a marcação a mercado foi positiva.
“A redução da taxa média Selic no comparativo foi outro fator que contribuiu para a retração do resultado financeiro combinado, sendo parcialmente compensada por um aumento de 8,2% no saldo médio de aplicações financeiras combinado de todas as empresas do grupo”, afirmou a BB Seguridade.
A companhia terminou o semestre abaixo do intervalo da estimativa de prêmios emitidos pela Brasilseg. A faixa prevista para o ano é de crescimento de 8% a 13%, mas nos primeiros seis meses do ano a unidade apresentou expansão de 5%.
A Brasilseg afirmou que a performance do crescimento dos prêmios foi pressionada pelo seguro agrícola, “que teve um desempenho comercial aquém do esperado”, além do encerramento de um contrato de seguro quebra de garantia “no âmbito do processo de gestão de portfólio, uma vez que o produto vinha apresentando baixa rentabilidade”.
Já o resultado operacional não decorrente de juros ficou dentro da faixa esperada de crescimento de 5% a 10% depois que encerrou o semestre com expansão de 8,8%.
As reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev superaram o topo da estimativa de crescimento de 8% a 12%, avançando 13% na primeira metade do ano.