A Intelbras (INTB3) está no caminho certo para restabelecer a sua “fórmula para o sucesso”, que tem funcionado bem desde o início da empresa, avalia o Santander em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (6).
Segundo os analistas Felipe Cheng e Cesar Davanço, a estratégia está baseada na entrega de volume em vez de lucratividade.
“Os resultados do segundo trimestre nos dão mais confiança de que o guidance de 5 anos da empresa de crescimento real da receita acima de 9% ano a ano é alcançável, já que o desempenho foi forte em todos os segmentos de negócios”, explicam.
A recomendação de compra foi reiterada, com o novo preço-alvo de R$ 29 (de R$ 30) para o final de 2025. O potencial de valorização é de aproximadamente 42%.
“Nossa ligeira redução do preço-alvo é fruto de um aumento em nossa suposição de custo de capital (+50 bps) e não uma consequência de uma redução nas estimativas operacionais”, opinam Cheng e Davanço.
Resultados mistos
O balanço do segundo trimestre da Intelbras desencadeou “sentimentos mistos entre os investidores”. Apesar das tendências de crescimento da receita, a maioria dos indicadores de lucratividade mostrou uma desaceleração sequencial “considerável”.
“Em nossa opinião, há mais conclusões positivas do que negativas nos resultados do 2T, já que a empresa sugeriu em sua teleconferência que os indicadores de lucratividade podem mostrar sinais de recuperação já no curto prazo, dada a presença de alguns elementos não recorrentes neste trimestre”, explicam os analistas.
As estimativas de receita líquida para 2024 e 2025 foram revisadas em 2% e 1%, respectivamente, com a expectativa de que todas as unidades de negócios continuem crescendo em um ritmo robusto.
“Prevemos um crescimento consolidado da receita bruta de aproximadamente 15% para 2024 e 2025. Prevemos uma margem Ebitda de 14,6% para 2024 e 14% para 2025, implicando níveis nominais ainda muito saudáveis. Por fim, prevemos lucro líquido de R$ 591 milhões para 2024 e R$ 659 milhões para 2025, praticamente estável em relação às nossas previsões anteriores”, concluem.