Os resultados do segundo trimestre da Prio (PRIO3) vieram em linha com as estimativas do BTG Pactual, com uma geração de fluxo de caixa “robusta”, aponta um relatório enviado a clientes após a divulgação do balanço.
O Ebitda ajustado cresceu 17% na passagem trimestral para US$ 546 milhões (EBITDA ajustado do IFRS16 de US$ 598 milhões) devido aos maiores preços do petróleo denominados em reais, superando ligeiramente as expectativas (+5%).
“Com os dados de produção e vendas já relatados, a superação foi impulsionada principalmente por royalties menores (8% da receita líquida vs nossa previsão de 9%) e custos menores, pois havíamos antecipado que os soluços operacionais trimestrais teriam um impacto maior nos resultados”, explicaram os analistas.
O lucro líquido ficou 21% abaixo das expectativas devido a maiores despesas de depreciação e amortização, mas o principal destaque foi a forte geração de fluxo de caixa para os acionistas de aproximadamente US$ 260 milhões, resultando em um yield de 4,1% em apenas um trimestre e trazendo a alavancagem para 0,4 vez a dívida líquida/EBITDA, uma redução de 0,2 vez na passagem trimestral.
“Os custos permanecem muito baixos apesar dos ventos contrários”, indicam Pedro Soares, Thiago Duarte e Bruno Lima, que assinam o documento.
Alta menor no curto prazo
O BTG reconhece que as estimativas foram reduzidas ao longo deste ano, e adianta que pretende revisá-las novamente em breve, pois o projeto em Wahoo e outros projetos estão sendo adiados devido a fatores além do controle da equipe de gestão.
“No entanto, permanecemos confiantes de que um potencial acordo entre o governo e o sindicato dos trabalhadores do Ibama pode ser alcançado em breve. Uma vez que esse desafio seja resolvido, acreditamos que as ações da PRIO começarão a refletir melhor os fundamentos de uma empresa privada com custos de extração de US$ 5/bbl e significativas oportunidades de crescimento (tanto orgânico quanto inorgânico)”, pontuam.
A recomendação é de compra, com um preço-alvo de R$ 82. O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 89%.