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Sabesp: BTG eleva preço-alvo a R$ 132 e vê potencial de 44%

A Equatorial trará sua expertise para a Sabesp, o que deve resultar em uma gestão mais eficiente e focada em resultados, dizem os analistas

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Sabesp

O BTG Pactual aumentou o preço-alvo das ações da Sabesp (SBSP3) de R$ 80 para R$ 132 e reinstaurou a recomendação de compra, destacando o potencial de valorização da empresa após a privatização, mostra um relatório enviado a clientes na noite desta quarta-feira (7).

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A análise, assinada pelos analistas João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende, aponta que o novo modelo regulatório e os ganhos de eficiência pós-privatização são fatores-chave para a revisão positiva do preço-alvo, representando um potencial de alta de 44% em relação aos preços atuais.

Os analistas destacam que a Sabesp, com uma valorização de 75% nos últimos doze meses devido ao avanço do processo de privatização, ainda não precificou totalmente seu potencial como empresa privatizada. “Vemos a Sabesp negociando a uma taxa interna de retorno real atrativa de 12,6% ou 0,93x EV/RAB 2025, enquanto nosso preço-alvo implica 1,22x EV/RAB”, afirmam Pimentel, Gushiken e Resende.

Privatização

A privatização da Sabesp, concluída com sucesso em julho, levantou R$ 14,8 bilhões para o governo do estado de São Paulo. A oferta foi 100% secundária e estruturada em duas fases: a primeira para um potencial investidor de referência e a segunda para outros investidores via bookbuilding. A oferta foi precificada a R$ 67 por ação, com a Equatorial tornando-se o investidor de referência sem concorrência.

A participação do governo do estado de São Paulo na Sabesp caiu de 50,3% para 18% após a transação, com 15% das ações sendo vendidas para a Equatorial e 17,3% para acionistas minoritários. O free float aumentou de 49,7% para 67%, o que, segundo os analistas, aumenta a liquidez e a atratividade das ações da Sabesp no mercado.

O acordo de investimento entre o governo do estado e a Equatorial garante poder de governança corporativa para o investidor de referência. Entre os principais termos do acordo estão: um período de lock-up de cerca de cinco anos para ambas as partes, a composição do Conselho de Administração com nove membros, e a abstenção do governo em nomear o CEO da Sabesp.

“A Equatorial terá três membros no Conselho, incluindo o presidente, enquanto o governo também terá três, e os outros três serão independentes”, detalham os analistas.

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Eficiência na Sabesp

Os analistas do BTG Pactual ressaltam que a Sabesp está bem posicionada para aproveitar os ganhos de eficiência após a privatização. “Esperamos que a empresa se beneficie significativamente das melhorias operacionais e de governança corporativa, o que deve impulsionar seu desempenho financeiro”, afirmam Pimentel, Gushiken e Resende.

A projeção do BTG Pactual indica que o mercado ainda não precificou totalmente os ganhos esperados com a privatização da Sabesp.

Os ganhos de eficiência e a redução de custos operacionais são vistos como fatores cruciais para a melhoria do desempenho financeiro da Sabesp. O novo modelo regulatório também deve proporcionar um ambiente mais favorável para a empresa. “A implementação do novo marco regulatório e os ganhos de eficiência pós-privatização são fundamentais para a nossa visão otimista sobre a Sabesp”, destacam.

A Equatorial, como investidor de referência, desempenhará um papel importante na governança da Sabesp. Os analistas acreditam que a experiência da Equatorial no setor de utilidades públicas contribuirá para a melhoria da gestão da Sabesp. “A Equatorial trará sua expertise para a Sabesp, o que deve resultar em uma gestão mais eficiente e focada em resultados”, afirmam.

Os analistas do BTG Pactual veem a privatização como um catalisador positivo para a Sabesp, com a empresa pronta para capturar ganhos de eficiência e melhorar sua rentabilidade. “Acreditamos que a Sabesp está bem posicionada para entregar valor aos acionistas no longo prazo, com uma estrutura de governança aprimorada e um foco renovado na eficiência operacional”, concluem.

A análise destaca que, mesmo após a privatização, a Sabesp continuará a desempenhar um papel crucial no setor de saneamento básico no Brasil. O novo contexto regulatório e os ganhos de eficiência são esperados para fortalecer ainda mais a posição da empresa no mercado. “A Sabesp tem um papel essencial no setor de saneamento, e a privatização deve permitir que a empresa se torne ainda mais eficiente e competitiva”, finalizam Pimentel, Gushiken e Resende.

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