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Cogna: BTG corta preço-alvo após balanço ruim no 2º trimestre

Análise aponta que os resultados financeiros levantam dúvidas sobre a capacidade de atingir as metas estabelecidas para 2024

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Cogna

O BTG Pactual reduziu o preço-alvo das ações da Cogna (COGN3) após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024, que ficaram abaixo das expectativas. Os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim revisaram o preço-alvo de R$ 2,6 para R$ 1,7 por ação, mantendo a recomendação de venda. A análise aponta que os resultados financeiros da empresa levantam dúvidas sobre a capacidade de atingir as metas estabelecidas para 2024.

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A receita líquida da Cogna no segundo trimestre de 2024 foi de R$ 1,44 bilhão, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, essa alta foi considerada modesta e impactada negativamente pela redução das receitas na unidade Saber. “A receita líquida cresceu apenas 4% ano a ano, atingida pela queda nas receitas da Saber”, destacam os analistas.

O Ebitda ajustado da Cogna cresceu 15% em relação ao segundo trimestre de 2023, alcançando R$ 454 milhões. Esse crescimento foi impulsionado por uma reversão de provisões relacionadas a contribuições de pensão no valor de R$ 35 milhões, que ajudou a reduzir as despesas gerais e administrativas. “O Ebitda cresceu 15%, mas foi beneficiado por uma reversão de provisões de R$ 35 milhões”, explicam Alves e Cesquim.

Apesar do crescimento do Ebitda, a empresa registrou um prejuízo antes de impostos de R$ 52 milhões, pior do que a previsão de um prejuízo de R$ 7 milhões. O prejuízo líquido contábil totalizou R$ 8 milhões, uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 58 milhões no segundo trimestre de 2023, mas ainda afetado por despesas financeiras mais altas. “As despesas financeiras cresceram 11% ano a ano, impactadas por despesas extraordinárias após a pré-pagamento de dívidas”, apontam os analistas.

Aumento da dívida líquida

O fluxo de caixa livre (FCF) da Cogna também decepcionou, contribuindo para um aumento da dívida líquida no trimestre. “O fluxo de caixa livre foi pior do que o esperado, resultando em um aumento da dívida líquida trimestre a trimestre”, afirmam Alves e Cesquim. Esse desempenho fraco do fluxo de caixa levanta preocupações sobre a capacidade da empresa de desalavancar efetivamente.

A Cogna havia fornecido uma orientação para 2024 que incluía um Ebitda de R$ 2,1-2,4 bilhões e um FCF após capex de R$ 1 bilhão. No entanto, os resultados do primeiro semestre de 2024 levantam dúvidas sobre a capacidade de atingir essas metas. “Os resultados do segundo trimestre aumentam as dúvidas sobre a capacidade da Cogna de cumprir suas metas para 2024”, dizem os analistas.

Com base nos resultados do segundo trimestre e no custo de capital mais recente do Brasil, o BTG Pactual optou por trabalhar com previsões mais conservadoras, projetando um Ebitda de R$ 1,9 bilhão para 2024. A incerteza em relação à geração de fluxo de caixa livre continua a ser um desafio significativo para a Cogna.

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