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Imigração “represada” da Covid elevou desemprego nos EUA

O governo está gradualmente trabalhando em um acúmulo de pedidos de visto relacionados à pandemia, o que aumenta a oferta de mão de obra

por Gustavo Kahil
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Elizabeth Frantz)

Uma análise da gestora Apollo chama a atenção para os efeitos da imigração “represada” do período da pandemia do coronavírus sobre o aumento da taxa de desemprego nos EUA, que elevou os temores de recessão no país.

O relatório de emprego divulgado no início do mês mostrou que a criação de vagas ficou em 114 mil em julho, abaixo dos 179 mil de junho (revisado de 206 mil) e dos 225 mil esperados pelos economistas. A taxa de desemprego aumentou de 4,1% para 4,3, a mais alta desde outubro de 2021.

Segundo Torsten Sløk, economista-chefe da gestora Apollo, a tendência de alta na imigração continua com um nível quase recorde de vistos de imigrantes emitidos todo mês.

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Os exemplos de vistos de imigrantes incluem vistos baseados em empregadores e vistos patrocinados por famílias (como cônjuges de cidadãos dos EUA.

“Talvez a razão pela qual a taxa de desemprego esteja aumentando seja porque o governo está gradualmente trabalhando em um acúmulo de pedidos de visto relacionados à Covid, o que aumenta a oferta de mão de obra”, pontua Sløk.

Desemprego nos EUA
(Imagem: Apollo)

Relatório de emprego

A taxa de participação cresceu de 62,6% para 62,7%, atenuando marginalmente o resultado ruim, mas não o suficiente para reverter o péssimo desempenho de toda a pesquisa. A dinâmica dos salários também foi ruim.

Os ganhos médios por hora aumentaram 0,2%, após terem subido 0,3% em junho. Nos 12 meses até julho, os salários aumentaram 3,6%. Esse foi o menor ganho anual desde maio de 2021 e seguiu-se a um avanço de 3,8% em junho.

O furacão Beryl, que interrompeu o fornecimento de energia elétrica no Texas e atingiu partes da Louisiana durante a semana da pesquisa do relatório, provavelmente contribuiu para o ganho abaixo do esperado.

O mercado de trabalho dos EUA está desacelerando devido a baixas contratações, e não demissões, já que os aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve em 2022 e 2023 reduzem a demanda. Dados do governo desta semana mostraram que as contratações caíram para uma mínima de quatro anos em junho.

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