O time de análise da XP Investimentos abriu uma operação “trade idea” com uma sugestão de compra das ações da Prio (PRIO3) e potencial de valorização de 20%, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (9).
O analista Regis Cardoso afirma que a empresa apresenta benefícios distintos ao da Petrobras, também top-pick.
Segundo ele, há quatro pontos que justificam a entrada nas ações.
O primeiro é uma “agenda catalista de curto prazo, com novos poços em campos já operados, que devem gerar um aumento de produção nos próximos meses”.
O segundo ponto é a expectativa de produção no médio prazo, visto que, “quando finalmente conseguir o licenciamento do Ibama para a operação no campo de Wahoo, o que esperamos que ocorra nos próximos meses, o potencial de produção do novo campo seria algo em torno de 45% do nível de produção total da empresa nos últimos trimestres”.
O terceiro é um “bom carrego”, devido à boa geração de caixa atual, com perspectivas ainda melhores daqui em frente.
E, por fim, um desconto observado na ação, por ponta de dificuldades atuais da empresa, em especial com licenças ambientais.
A sugestão está em stop gain a R$ 55,63 e stop loss a R$ 39,41.
“Downside risks para o trade: queda no preço do petróleo, alongamento das greves do Ibama e outros reguladores, paradas inesperadas de poços operados pela empresa”, explica Cardoso.
Resultados da Prio
Os resultados do segundo trimestre da Prio (PRIO3) vieram em linha com as estimativas do BTG Pactual, com uma geração de fluxo de caixa “robusta”, aponta um relatório enviado a clientes após a divulgação do balanço.
O Ebitda ajustado cresceu 17% na passagem trimestral para US$ 546 milhões (EBITDA ajustado do IFRS16 de US$ 598 milhões) devido aos maiores preços do petróleo denominados em reais, superando ligeiramente as expectativas (+5%).