Os analistas do Goldman Sachs cortaram os preços-alvo das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) em 9%, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (12).
“Ajustamos nossas estimativas para refletir os resultados do segundo trimestre e o cenário macro atualizado, incluindo um real mais depreciado em relação ao dólar e preços mais baixos do petróleo Brent em relação às nossas estimativas anteriores”, comentam os analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins e Guilherme Bosso.
Após a revisão, o banco projeta a estatal oferecendo um fluxo de caixa livre (FCF) de 16% em 2025, o que, segundo o Goldman Sachs, continua atraente quando comparado à média global das principais empresas de 10% no próximo ano.
“No geral, nossas estimativas de produção de petróleo permanecem essencialmente inalteradas, mas revisamos nossa previsão de margens de refino para refletir os menores spreads de crack implícitos nas curvas futuras de diesel e gasolina”, destacam.
A recomendação continua em compra. Os novos preços-alvo são de R$ 48 para PETR3 e R$ 43,70 para PETR4. “Separadamente, mantemos nossa preferência pela Prio (PRIO3) entre nossa cobertura de óleo e gás”, ressaltam os analistas.
Dividendos extraordinários
Segundo o Goldman Sachs, a administração da Petrobras na teleconferência dos resultados reiterou que o uso de reservas de dividendos para o pagamento da remuneração ordinária do segundo trimestre não afetará a distribuição potencial de extraordinários, que podem ser pagos em função da perspectiva da administração para o fluxo de caixa livre no futuro.
“Como tal, acreditamos que uma eventual aquisição, e não o uso da reserva de dividendos em si, representa o principal risco para o pagamento potencial de dividendos extraordinários”, opinam.