A Direcional (DIRR3) apresentou lucro líquido operacional de R$ 135,1 milhões no segundo trimestre de 2024, montante 86,9% maior do que no mesmo período de 2023.
O critério ‘operacional’ exclui R$ 11 milhões de efeitos positivos da operação de swap de ações e outras despesas consideradas não recorrentes.
Sem isso, a companhia teve lucro líquido de R$ 146,2 milhões, o que representa uma alta de 40% na mesma base de comparação anual.
A melhora no lucro, independente dos critérios, decorre principalmente do ciclo de mais lançamentos e vendas da incorporadora, com subida de preços e manutenção de custos sob controle.
Essa equação ajudou no aumento da receita e diluição de despesas, ampliando as margens.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 206,9 milhões, aumento de 56,8% na comparação anual.
A margem Ebitda ajustado foi a 24,5%, recuo de 0,1 ponto porcentual (p.p.).
A receita operacional líquida somou R$ 844 milhões, crescimento de 39,4%, em decorrência do aumento nas vendas de imóveis e evolução das obras. A Direcional destacou que esse patamar de receita foi recorde.
A linha de equivalência patrimonial (que apura os resultados oriundos de empreendimentos feitos em sociedade) gerou um ganho de R$ 19 milhões, alta de 61%.
A margem bruta atingiu a marca de 35,8%, alta de 2 pontos porcentuais. Já a margem bruta ajustada foi a 37,8%, aumento de 1,3 p.p.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 52 milhões, alta de 21%. Elas representam 4,4% da receita total, baixa de 0,8 p.p., isto é, houve uma diluição.
Por sua vez, as despesas comerciais foram de R$ 71 milhões, alta de 29%. Elas representaram 8,3% da receita, recuo de 0,5 p.p.
A linha de ‘outras’ trouxe uma despesa de R$ 17 milhões, que teve origem em provisões e despesas jurídicas, parcialmente compensadas por venda de participações.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas de natureza financeiras) ficou positivo em R$ 3,5 milhões.
A companhia reportou geração de caixa de R$ 219,0 milhões. Assim, encerrou o trimestre com caixa líquido de R$ 153 milhões. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) ficou negativa em 6,3%.
Desempenho operacional
Conforme já divulgado, os lançamentos da Direcional foram 9,9% maiores na comparação entre os segundo trimestre de 2024 e o mesmo intervalo de 2023, indo a R$ 1,197 bilhão.
Já as vendas líquidas subiram 71,7%, para R$ 1,260 bilhão, patamar recorde – reflexo das condições favoráveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e da estratégia da companhia de priorizar o giro dos ativos.