Após mais de 200 dias de janelas fechadas para a importação de gasolina por agentes privados, devido à defasagem dos preços internos do combustível em relação ao mercado internacional, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) registrou na semana passada dois dias de oportunidades, sendo que na sexta-feira, 16, a Petrobras (PETR3; PETR4) chegou a ter paridade com o preço praticado no Golfo do México, abrindo com isso as janelas para os importadores.
O preço que a estatal pratica nas suas refinarias vem sendo contido pela alta volatilidade do preço do petróleo e derivados no mercado internacional. Por causa de previsões menos otimistas para a demanda pela commodity, o preço do Brent registra queda de cerca de 3% no mês, e resiste a avançar além dos US$ 80 o barril.
Segundo a Abicom, na sexta-feira, os polos de importação usados pela Petrobras (Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária e Itacoatiara) registraram em média estabilidade no preço da gasolina em relação ao Golfo do México, usado como parâmetro por importadores brasileiros. O combustível sofreu reajuste de cerca de R$ 0,20 por litro nas refinarias da estatal no início de julho.
Já o diesel, que não muda de preço nas refinarias da estatal desde dezembro do ano passado, registrou defasagem de 4% no fechamento de sexta-feira, 16, nos polos atendidos pela Petrobras, o que abre espaço para um aumento de R$ 0,15 por litro no mercado interno pela estatal.
Acelen
Na Bahia, a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala no País, está praticando preços para a gasolina 6% acima do mercado internacional, e de 1% para o diesel.
A empresa pratica reajustes semanais, porém, não alterou o preço da gasolina na última quinta-feira, 15.
Já o diesel recebeu reajuste de 1,75% em relação à semana anterior.
(Com Conteúdo Estadão)