O PagBank (PAGS; PAGS34) continua a “impressionar em todas as suas métricas bancárias”, avalia a XP Investimentos em um relatório divulgado após o balanço do segundo trimestre de 2024.
A empresa anotou um crescimento de 30,5% no lucro líquido ajustado, que atingiu R$ 542 milhões, em comparação aos R$ 415 milhões do mesmo período de 2023.
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A receita total foi de R$ 4,557 bilhões, um aumento de 19,1% em relação ao período homólogo, impulsionada principalmente pelo crescimento do Volume Total de Pagamentos (TPV), que somou R$ 124,4 bilhões, representando uma alta de 34,2% na comparação anual.
“O Pagbank apresentou outro conjunto de resultados sólidos, superando nossos números e consenso”, explicam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
Em relação à carteira de crédito, apesar do aumento do conservadorismo da companhia, destaca-se que houve um crescimento de 6% na passagem trimestral. Os créditos ruins com mais de 90 dias de inadimplência continuam a cair, impulsionado principalmente pela estratégia de crescer em produtos seguros.
“Esperamos uma reação positiva do mercado amanhã e reiteramos nossa recomendação de compra”, diz a XP. Vale ressaltar que os papeis recuaram cerca de 4% em Nova York nas negociações pós-mercado.
“Após um forte final em 2023, o PagBank apresentou outro desempenho robusto no 1° semestre, registrando lucro líquido recorde em uma base não-GAAP no segundo trimestre, replicando a conquista do primeiro trimestre”, destacam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, analistas do BTG Pactual.
Eles destacam que, com todos os principais indicadores de desempenho superando o guidance anterior, a empresa revisou sua perspectiva oficial para cima, levando potencialmente a previsões de lucros mais altas do mercado.
“Dado o TPV melhor do que o esperado, competição estável, forte crescimento no segmento de aquisição e tendências promissoras no negócio bancário, acreditamos que o ímpeto do PagBank permanece forte”, opinam os analistas do BTG.
Resultados do PagBank
O Ebitda ajustado foi de R$ 1,819 bilhões, refletindo um crescimento de 21,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, com margem Ebitda de 39,9%, ligeiramente superior à margem de 39,1% registrada no 2° trimestre de 2023. Esse aumento foi impulsionado por uma combinação de crescimento no TPV e controle eficaz de custos e despesas operacionais.
O destaque operacional foi o aumento de 52,1% no Cash-In, que chegou a R$ 76,4 bilhões, impulsionado pela maior adoção de recursos bancários como a gestão de folhas de pagamento e plataformas de cobrança. Além disso, o PagBank registrou um aumento de 87,2% no total de depósitos, que alcançou R$ 34,2 bilhões, devido a uma estratégia bem-sucedida de emissão de títulos e diversificação das fontes de financiamento.
A carteira de crédito do PagBank também cresceu 10,9%, atingindo R$ 2,9 bilhões. Esse crescimento foi liderado por produtos garantidos, que representaram 80% da carteira total, um aumento significativo em relação aos 52,6% do mesmo período do ano anterior.
No que diz respeito às despesas, o PagBank conseguiu manter os custos sob controle, com as despesas operacionais ajustadas totalizando R$ 3,921 bilhões, um aumento de 19% em relação ao 2° trimestre de 2023. As despesas com pessoal cresceram 27,2%, refletindo o aumento da força de vendas e das provisões para despesas com pessoal.
As despesas financeiras totalizaram R$ 863 milhões, um aumento de 8,5% em relação ao 2° trimestre de 2023, mas como percentual da receita total, essas despesas caíram para 18,9%, refletindo uma gestão eficaz dos custos de financiamento.
O número de clientes ativos atingiu 31,6 milhões, um aumento de 7,4% em relação ao 2° trimestre de 2023, enquanto o volume médio de pagamentos por cliente subiu 42%, evidenciando o aumento da participação de mercado e da retenção de clientes.