A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido recorrente de R$ 3,287 bilhões no segundo trimestre deste ano, valor 27,3% superior ao do mesmo período de 2023. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 21, pelo banco público.
A carteira de crédito somava R$ 1,175 trilhão em junho deste ano, 10,6% acima do mesmo período do ano passado.
A carteira de crédito habitacional, mais representativa, somava R$ 783,6 bilhões, um crescimento de 14,8% na comparação com o mesmo período de 2023.
<<<Você frente a frente com Barsi: MBA tem desconto de R$ 8 mil hoje>>>
A margem financeira da Caixa foi de R$ 15,81 bilhões no segundo trimestre, 4,1% maior do que 12 meses antes.
“O aumento em 12 meses foi impactado principalmente pela redução de 17,7% nas despesas com recursos de instituições financeiras e oficiais no item compromissadas”, informou o banco.
O banco público obteve R$ 6,755 bilhões em receita de prestação de serviços e tarifas bancárias, um crescimento de 6,5% na comparação com o segundo trimestre de 2023.
“O crescimento em 12 meses foi consequência dos aumentos de 15,2% em receitas de produtos de seguridade, 10,8% em serviços de operações de crédito, 9% em receitas com cartões e 6,6% em fundos de investimentos”, diz o relatório.
A Caixa informou ainda que as despesas administrativas somaram R$ 10,769 bilhões no segundo trimestre, alta de 9,3% em um ano.
As despesas de pessoal totalizaram R$ 7,3 bilhões, crescendo 7,1% frente ao mesmo trimestre de 2023. As outras despesas administrativas avançaram a R$ 3,5 bilhões, alta de 14,1% no mesmo período.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente atingiu 9,54%, alta de 1,78 ponto porcentual frente ao segundo trimestre de 2023.
O PL da Caixa somava R$ 135,524 bilhões, alta de 11,2% em relação a junho de 2023. Os ativos somavam R$ 1,911 trilhão, alta de 10,7% em um ano.
Inadimplência
No segundo trimestre deste ano, a inadimplência da carteira de crédito da Caixa era de 2,20%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, em uma queda de 0,59 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado. Em um trimestre, houve queda de 0,14 ponto.
A carteira com o índice mais alto era a de crédito comercial, com 5,83% de atraso, um crescimento de 0,5 ponto porcentual em um ano.
O crescimento foi puxado pelo crédito com recursos livres para empresas, em que a inadimplência foi a 7,01%, alta de 1,1 ponto porcentual no mesmo período.
Segundo o banco, a inadimplência em crédito imobiliário, que é o de maior participação na carteira, era de 1,55%, baixa de 0,53 p.p. em um ano, e de 0,17 p.p. em um trimestre.
No crédito para infraestrutura, a inadimplência foi de 3,67% em junho do ano passado para zero no mesmo mês de 2024. Segundo o banco, houve a baixa de operações de um cliente específico, que vinha afetando os índices em trimestres anteriores.
Já na carteira de agronegócio, a inadimplência da Caixa estava em 2,11% no final do trimestre, um crescimento de 1,64 ponto porcentual em um ano.
O segmento teve alta nos atrasos no primeiro semestre do ano diante da compressão de margens dos produtores rurais, que postergaram pagamentos até o lançamento do Plano Safra 2024/2025, em julho.