Apesar de o Ibovespa (IBOV) estar ao nível recorde nominalmente, quando olhado para o desempenho do índice em dólares, ajustado por dividendos, ou pelo IPCA, a história é outra.
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Segundo Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research, “ainda temos um longo caminho para voltar para a máxima em dólares de 2008”.
Ele lembra que o EWZ (iShares MSCI Brazil ETF), que segue de perto o desempenho do índice MSCI Brazil, fortemente baseado nas principais ações brasileiras, muitas das quais também compõem o Ibovespa e, mesmo incluindo os dividendos, a Bolsa continua 40% abaixo da máxima.
Outra forma de analisar o desempenho do índice é fazer a correção da pontuação pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país.
“Neste caso, a pontuação também está abaixo da máxima histórica”, pontua Rytenband.
Correção do Ibovespa
O Ibovespa intensificou o ritmo de queda nesta quinta-feira (22) e ameaçou perder até mesmo a marca dos 135 mil pontos, após ter abandonado o nível dos 136 mil pontos da abertura dos negócios.
A deterioração ocorre em meio a dúvidas dos investidores quanto à política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Aqui, há incerteza se o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará a taxa Selic em setembro ou não. Quanto ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), a dúvida é quanto ao ritmo do corte esperado no mês que vem.
Ainda assim, Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, considera natural a queda, após três elevações seguidas e também três fechamentos com pontuação histórica. “Vem numa sequência de vários dias positivos. Está num nível alto, pode ter um pouco de realização. O minério também não ajuda”, descreve.