A queda acentuada das taxas de fecundidade é a principal explicação para o acelerado envelhecimento populacional que vem sendo registrado nos últimos anos.
Segundo os dados da pesquisa Projeções das Populações, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, 22 entre 2000 e 2023, a taxa de fecundidade recuou de 2,32 filhos por mulher para 1,57.
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Para se ter uma ideia, em 1960, esse número era de 6,28.
“A tendência a curto prazo é que esse número de filhos por mulher continue caindo, até chegar ao mínimo em 2041, que será de 1,44, uma taxa bem baixa”, explicou a demógrafa Luciene Longo, que participou da apresentação da pesquisa.
“Este número deve aumentar um pouco, mais para frente, e chegar a 1,50 em 2070.”
A idade média com a qual as mulheres têm filhos, por sua vez, vem aumentando. Em 2000 era de 25,3 anos, passou para 27,7 em 2020 e a projeção é que alcance 31,3 anos em 2070.
O número de nascimentos por ano recuou de 3,6 milhões em 2000 para 2,6 milhões em 2022, e deve cair ainda mais, chegando a 1,5 milhão em 2070.
De acordo com o IBGE, a população brasileira atingirá seu ápice em 2041, quando chegar a 220.425.299 habitantes.
Depois desse ano, o número de brasileiros começará a diminuir, chegando aos 199.228.708 até 2070. Isso significa dizer que, em menos de 20 anos, o número de mortes será maior que o de nascimentos no Brasil.
Ainda segundo a pesquisa Projeções das Populações, em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do País serão idosos.
“Até 2070, nossa pirâmide populacional estará totalmente invertida”, afirmou o pesquisador Márcio Mitsuo Minamiguchi, do IBGE, que participou da apresentação.
“A mudança de composição é bem nítida, deixaremos de ser um país jovem para nos tornarmos um país de estrutura populacional mais velha.”